O primeiro caso de varíola dos macacos em uma criança de 9 anos, moradora de Luziânia, acendeu o alerta da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). A pasta está preparando um material exclusivo com orientações para escolas. Uma delas é que o aluno seja afastado das atividades escolares até a remissão dos sintomas e avaliação clínica final.
Os contatos com o garoto estão sendo rastreados e sob vigilância. Ele foi infectado por um familiar, apresenta sintomas leves e passa bem. Não houve necessidade de internação.
Cenário epidemiológico de Goiás
Em Goiás, 93% dos infectados são homens, dos quais 45% estão na faixa etária de 30 a 39 anos. 49% das pessoas são imunossuprimidas. Depois de confirmar a transmissão comunitária de varíola dos macacos a SES registrou mais 36 casos confirmados da doença nas últimas 24h, totalizando 136 casos confirmados em 10 municípios. O número é 13,3% maior do que o divulgado na quarta-feira, 17. As informações são do último boletim epidemiológico disponibilizado nesta quinta-feira, 18.
Os infectados são: uma criança, três mulheres e 132 homens, com idades entre 9 e 33 anos. Outros 292 casos suspeitos aguardam o resultado dos exames. Goiânia segue sendo a cidade com maior número de doentes, com 107 confirmações.
A transmissão comunitária da doença em Goiás foi confirmada pela pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante entrevista ao Diário do Estado. De acordo com ela, a livre circulação do vírus ocorre em diversos municípios goianos e, não apenas em Goiânia.
Sintomas da varíola dos macacos
- febre
- dor de cabeça
- dores musculares
- dor nas costas
- gânglios (linfonodos) inchados
- calafrios
- exaustão
Contágio
- Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.