Varíola dos macacos: Goiás confirma transmissão comunitária

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou transmissão comunitária da Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. De acordo com o último boletim informativo divulgado pela pasta, o estado já contabiliza 120 casos da doença, sendo que dois deles são em mulheres e uma criança.

A transmissão comunitária da doença em Goiás foi confirmada pela pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante entrevista ao Diário do Estado. De acordo com ela, a livre circulação do vírus ocorre em diversos municípios goianos e, não apenas em Goiânia.

“A gente já tem outros municípios com transmissão comunitária, e isso é algo que vai acontecer no restante dos municípios. Primeiro notificam os primeiros casos e, depois a gente começa a ter essa transmissão comunitária, assim como acontecia com o covid”, explicou Flúvia Amorim.

Ainda segundo a superintendente, a disseminação da doença já era algo esperado pela secretaria. Além disso, o Ministério da Saúde (MS) já retirou da nota técnica, que define casos suspeitos, viagens para locais onde ocorrem a livre circulação do vírus e contato com pessoas contaminadas. “Basta a pessoa ter sintomas que já vai ser considerado suspeito. Não se considera mais o deslocamento.”

Na tarde desta terça-feira, 16, o estado registrou a primeira infecção da Monkeypox em crianças. O paciente é um menino de 9 anos, morador de Luziânia, Entorno do Distrito Federal. Vale ressaltar, que crianças, gestantes e pessoas imunossuprimidas compõem o grupo de risco. Ou seja, eles têm uma chance maior de ter formas graves da doença.

Até o momento, o país não registrou um alto número de internações em decorrência da doença. Em Goiás, todos os pacientes estão isolados em casa, sendo monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde. Mesmo assim, de acordo com Flúvia, “é preciso muita atenção e monitorar sempre. A gente viu isso com a covid.”

Vacinação

Uma vacina foi recentemente aprovada para prevenir a varíola dos macacos. O Brasil já comprou 50 mil doses desse imunizante. A previsão é de que a vacina chegue ao país em setembro. Ainda não há informação de quantas doses serão repassadas para Goiás.

De acordo com a superintendente, o Ministério da Saúde ainda não informou quem serão os pacientes que receberam esses imunizantes. No entanto, a previsão é de que um calendário de vacinação seja divulgado ainda esta semana.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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