Varíola dos macacos: Goiás regista mais de 400 casos, mas SES aponta tendência de queda

Goiás já tem mais de 400 casos confirmados de Monkeypox, a varíola dos macacos. Mesmo assim, para a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES) o cenário atual mostra estabilidade. Inclusive, a tendência é de queda nos próximos dias.

Em entrevista Diário do Estado (DE) a Superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, houve um salto no número de casos no final de julho e começo de agosto. Já neste mês, o cenário apresenta melhora.

“A gente vê neste período uma tendência de estabilização ou de queda. A gente vai ter que esperar mais um pouco pra ver se isso é sustentado. A gente está monitorando”, explicou Fluvia.

Ainda de acordo com Fluvia, a maior parte dos pacientes apresentou quadros leves ou moderados. Não há registro de óbitos. Além disso, a superintendente explica que o perfil dos infectados está mudando. A princípio, a doença era predominante em homens de 24 a 59 anos, com histórico de relação sexual com uma pessoa do mesmo sexo.

No entanto, segundo Fluvia, o número de casos de crianças de mulheres aumentaram.

“Quando a gente olha o acumulado de casos, a gente vê predomínio em homens. Agora, se a gente vê as faixas etárias, a gente vê crianças, idosos. E também tem aumentado o número de casos entre mulheres”, explicou Fluvia.

Exames

Desde a última quarta-feira, 14, o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiro (Lacen), da própria SES-GO, está realizando os testes para a detecção da varíola dos macacos. De acordo com Fluvia, são realizados em média 96 exames por dia, a depender da demanda.

Agora, os pacientes aguardam apenas 72 horas para a divulgação do resultado. Antes as amostras eram enviadas para Brasília, o diagnóstico ficava pronto em sete dias.

Vacinação

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira, 19, que as 50 mil vacinas contra a varíola dos macacos devem chegar ao Brasil ainda em setembro. No entanto, de acordo com a superintendente da SES-GO, o titular da pasta federal ainda não fez nenhum comunicado oficial aos estados.

“Até agora a gente não recebeu nada oficial dele (Queiroga), nem de recebimento dessas doses, nem de como elas serão utilizadas. Estamos aguardando”, ressaltou Fluvia.

O Brasil já registrou 6.869 casos da doença. Em Goiás, segundo o último boletim divulgado pela SES, foram notificados 405 casos. Outros 484 pacientes aguardam resultado de exames.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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