Varíola dos Macacos, que apavora a Europa, pode chegar ao Brasil

A varíola dos macacos, uma rara infecção viral que ocorre principalmente na África Ocidental e Central, despertou preocupação nas autoridades de saúde ao redor do mundo. Isso porque países como Grã-Bretanha, Portugal, Espanha, Estados Unidos e Canadá vem registrando casos suspeitos ou já identificados da doença.

Mesmo levando o nome de primatas, o vírus não é transmitido apenas por meio do contato com os nossos “parentes”, mas também pode ser contraído através de fluidos corporais, lesões ou itens compartilhados como roupas casuais e de cama que estevam contaminados, segundo o infectologista, Marcelo Daher.

“O macaco não é o reservatório  da doença, acreditasse que roedores são os principais responsáveis pela disseminação do vírus. Por não estar totalmente adaptada ao ser humano, a doença é considerada leve. Porém, caso venha a ter uma adaptação, isso pode virar um problema de saúde pública”, explicou.

Ele diz que a possibilidade da doença chegar ao Brasil e se espalhar pelo mundo é baixa, visto que a transmissão entre humanos é considerada difícil. Entretanto, caso a doença evolua sua forma de transmissão e se espalhe, há a chance de grande parte do mundo se infectar pela falta de proteção.

“Como a vacina contra a varíola não é mais fabricada em todo o mundo por não ser mais usada, a maioria das pessoas está suscetível a contrair a doença. No entanto, a vacina contra a varíola humana que usávamos no passado pode vir a ser uma arma contra essa doença”, concluiu.

Casos

Mesmo sendo rara, ao menos 35 casos confirmados ou suspeitos já foram registrados em toda a Europa. A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, por exemplo, detectou 2 novos casos da doença, um em Londres e outro no sudeste da Inglaterra, elevando o total para nove desde 6 de maio, quando o surto foi inicialmente notificado. 

Cinco casos também foram confirmados em Portugal e mais de 20 estão sendo analisados na Espanha. Nos Estados Unidos, um caso foi confirmado no Estado de Massachusetts em um homem que recentemente viajou ao Canadá, mas ainda não se sabe se ele está ligado ao surto na Europa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos mais recentes foram notificados predominantemente em gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens. Em Portugal, inclusive, todos os casos confirmados são em homens, principalmente jovens.

Mas os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirmam que qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola dos macacos por meio de fluidos corporais, lesões ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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