Varíola dos Macacos: Sobe para 18 o número de casos confirmados, em Goiás

O número de casos confirmados da Monkeypox, também conhecida como Varíola dos Macacos, segue tendência de aumento no estado. Nesta sexta-feira, 29, por exemplo, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES), confirmou seis novos casos da doença, totalizando 18 pessoas contaminadas pelo vírus. 

O estado, porém, ainda soma 35 casos suspeitos. Ainda de acordo com a SES, todos os pacientes de Goiás são homens com idades entre 23 e 43 anos. Os casos confirmados são de moradores de Goiânia (14), Aparecida de Goiânia (2), Inhumas (1) e Itaberaí (1).

Aumento de 800%

Em 20 dias, o estado notificou um aumento de 800% no número de casos confirmados. Apesar disso, a SES não acredita que possa ocorrer um colapso na rede de saúde pública. Isso porque a doença não apresenta um alto índice de agravo. Ou seja, poucas pessoas precisam de internação, conforme a Superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES), Divania França.

“A Monkeypox, aparentemente é uma doença autolimitada, o que isso quer dizer? Ela tem um período de adoecimento, usualmente a pessoa tem a doença e pode ficar nesta situação por até 28 dias. Então, eu acredito que o colapso da saúde nós não teremos, em função do perfil da doença. Mas a gente pode ter um acréscimo significativo no número de casos e isso é uma situação que preocupa, porque é uma doença pouco conhecida”, explicou.

Apesar disso, a superintendente ressalta que casos graves podem acontecer, visto que as lesões causadas pela doença “podem gerar infecções secundárias por bactérias, por isso a gente vem tratando a importância de um diagnóstico precoce”. Além disso, a SES, afirma que em crianças a Varíola dos Macacos pode levar a casos de desidratação.

Até o momento, todos os casos confirmados no estado são de homens que tiveram relação sexual com outros homens. No entanto, a SES reforça que o risco de contaminação é semelhante para todos, visto que, a doença é transmitida por contato e fluidos corporais.

“A essa doença, todos nós somos suscetíveis, então, o risco é igual para todos. Claro que existem as vias de transmissão. A partir do momento que a gente tem contato com um caso confirmado, com fluidos das lesões – emitidos ao tossir, espirrar, falar -, ou fluidos genitais, a gente tem, sim, o risco de adquirir essa infecção”, explicou a superintendente.

Vacinação contra a varíola

Existem estudos para o retorno da vacinação da vacina contra a varíola, doença erradicada na década de 60. No entanto, de acordo com a SES, ainda não se pode confirmar que o imunizante é 100% eficaz para a nova doença. Além disso, a previsão é que apenas alguns grupos de pessoas sejam vacinadas.

“A OMS até menciona que a vacina não seria, assim como foi para a covid-19, para a população geral. Seria para grupos específicos, principalmente profissionais de saúde, grupos específicos de forma geral. O que foi mencionado, durante uma reunião que o secretário participou, é de uma possibilidade de uma elaboração de um plano de vacinação contra essa doença no Brasil. Mas isso é algo bem recente, ocorrido na última quinta-feira, 27”, relatou Divania.

Morte

A primeira morte pela doença no Brasil foi registrada nesta sexta-feira. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a vítima foi um homem de 41 anos com comorbidades, incluindo câncer, que levaram ao agravamento do quadro de saúde. Ele estava internado em Belo Horizonte. Até  o momento, o Brasil registra ao menos 1.066 casos confirmados de varíola dos macacos em 15 Estados.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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