Análise: Vasco de Carille entrega posse de bola e ideias promissoras na estreia do time principal
Meio de campo formado por Tchê Tchê, Jair, Paulinho, Coutinho e Alex Teixeira conduz uma boa atuação na vitória em Manaus, embora o time ainda precise apresentar mais soluções perto da área.
Vasco 2 x 0 Madureira | Melhores momentos | 4ª rodada | Campeonato Carioca 2025 [https://s04.video.glbimg.com/x240/13284247.jpg]
Foi apenas o primeiro jogo do time principal na temporada 2025, mas o Vasco de Fábio Carille entregou muita posse de bola e apresentou algumas ideias promissoras na vitória por 2 a 0 sobre o Madureira nesta quinta-feira, em Manaus. E o mais importante: venceu a primeira no Campeonato Carioca.
Dos 90 minutos da partida disputada na Arena Amazônia, provavelmente só os primeiros 55 ou 60 são dignos de análise. Daí para frente, o time sentiu a falta de ritmo natural do início de temporada e dosou o ímpeto. O gol de Vegetti no último lance selou a vitória de uma equipe que foi superior, mas que não criou tantas chances quanto o domínio sugere.
Nas primeiras semanas de trabalho, Carille prometeu um Vasco com posse de bola e compacto em campo, além da conhecida segurança defensiva que é característica dos seus trabalhos. E o time entregou tudo isso no primeiro jogo sob seu comando, mas ajustes terão que ser feitos.
O principal deles: a equipe encontrou poucas soluções perto da área e precisa saber o que fazer no último terço do campo. Também faltaram jogadas de velocidade pelas pontas, o que explica a baixa produtividade de Vegetti.
Jair, Paulinho e Lucas Piton comemoram gol do Vasco contra o Madureira — Foto: Antonio Pereira/AGIF
O Madureira cresceu na partida e passou a ocupar mais o campo ofensivo a partir do momento em que o Vasco cansou. Dessa forma, quase igualou o número de finalizações: nove contra sete. Mas o time de Carille sofreu pouco, e Léo Jardim quase não trabalhou na quente capital amazonense. Nesse sentido, o zagueiro Lucas Oliveira estreou bem com a camisa cruz-maltina e fez dupla segura ao lado de João Victor. Outro estreante, Tchê Tchê contribuiu com assistência e também largou com o pé direito.
DOMÍNIO E MUITA POSSE DE BOLA
Os primeiros 45 minutos do Vasco sob o comando de Fábio Carille entregaram exatamente o que o treinador havia prometido: muita posse de bola, movimentação, tentativas de triangulação e troca de passes. O quinteto formado por Tchê Tchê, Jair, Paulinho, Coutinho e Alex Teixeira colocou o meio de campo do Madureira na roda na Arena da Amazônia e conduziu a atuação superior da equipe no primeiro tempo.
O Madureira demorou muito para começar a ter a bola. Nos primeiros minutos, o Vasco chegou a bater mais de 80% de posse. Depois caiu para cerca de 70% e, no fim, foi para o intervalo com 64% contra 36%. Mas ainda faltam soluções no momento em que a equipe está no último terço. Em grande parte dos lances, o time acabou buscando os lados (seja com Piton, Tchê Tchê, Paulinho, Alex Teixeira…) e tentou o cruzamento. Vegetti foi muito pouco acionado e mal tocou na bola.
Lucas Piton perdeu uma grande chance logo aos cinco minutos, numa bola mal afastada pela defesa do Madureira – faltou intimidade com o pé direito. Alex Teixeira também teve uma boa chance, mas o gol só saiu depois de uma bobeira enorme da defesa adversária, que saiu jogando errado e entregou de graça para Tchê Tchê. Paulinho abriu o placar em Manaus.
O lado bom é que a defesa sofreu pouquíssimo. O Madureira incomodou com investidas de Wallace pelo lado esquerdo e um chute de Marcelo de longa distância. No segundo tempo, o Vasco cansou rápido e não conseguiu repetir o ímpeto. Como Tchê Tchê e Paulinho sentiram bastante a falta de ritmo, o Madureira passou a ganhar campo. Mas no último lance da partida, Puma assegurou a primeira vitória do Vasco no Carioca 2025.