Análise: Vasco se desmonta após substituições e perde chance de ouro por vaga no DE-7
Diniz erra ao ir para o “tudo ou nada” cedo e desproteger o meio no melhor momento do Vasco no jogo
Vasco 0 x 2 São Paulo | Melhores momentos | 31ª rodada | Brasileirão 2025 [https://s03.video.glbimg.com/x240/14064322.jpg]
Embalado, o Vasco [https://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/] entrou em campo contra o São Paulo com uma grande chance. Após os resultados de Botafogo e Fluminense na rodada, o clube poderia empatar com o rival alvinegro na próxima quarta-feira e se colocar de vez no DE-7 do Brasileirão. A derrota deste domingo por 2 a 0 fez a tarefa ficar mais difícil, em uma noite infeliz de Fernando Diniz nas substituições.
O Vasco foi superior ao São Paulo em São Januário durante a maior parte do primeiro tempo e só foi para o intervalo perdendo pelo pênalti infantil de Paulo Henrique. Mesmo atrás no placar, o time voltou bem do intervalo e criou chances para empatar e virar o jogo.
Diniz tem todos os méritos por ter transformado o Vasco em 2025 em uma equipe que é protagonista de suas partidas. Mas contra o São Paulo, o treinador não foi bem. As substituições na base do “tudo ou nada” fizeram o time estar a todo momento mais perto de sofrer outro gol do que de empatar a partida. Foi o que aconteceu. No fim do jogo, o 2 a 0 ficou até barato para os paulistas.
Com Rayan de volta após lesão, Diniz apostou no jovem centralizado, com Gómez e Nuno nas pontas, no 4-2-3-1 já característico do time. Vegetti foi para o banco de reservas depois de encerrar o seu jejum contra o Bragantino. O São Paulo entrou em campo com um 5-3-2. A linha de três zagueiros de Crespo mais os três meias dificultaram o jogo por dentro vascaíno, um fator importante para o jogo de Diniz. Com Rayan jogando de costas, o atacante ficou encurralado dentro da intermediária defensiva do São Paulo. Havia pouco espaço para as arrancadas do atacante.
Mesmo assim, o Vasco foi superior no primeiro tempo. Como o São Paulo pelos lados só tinha um ala, a equipe de Diniz teve superioridade numérica pelas laterais, com as dobras PH-Gómez e Piton- Nuno. O time também gerou perigo em jogadas ensaiadas de escanteio. Com Coutinho de cobrador, a equipe assustou em cabeçada de Rayan, que bateu na trave, e em rebote de Robert Renan, que Rafael fez boa defesa. Andrés Gómez, de fora da área, também fez o goleiro são-paulino trabalhar.
O Vasco terminou o jogo com dois zagueiros, um lateral, dois meias e cinco atacantes. Com a saída de Piton, Gómez saiu de ponta-direita para ala-esquerdo. David, GB, Vegetti e Rayan fizeram o quarteto de atacantes, com GB recuando para armar o jogo. Nada deu certo. Venceu quem teve mais equilíbrio e soube aproveitar as chances que criou.
A partida traz lições ao Vasco, pensando na disputa pelo DE-7 no Brasileirão e na Copa do Brasil. A primeira é a de que não existe jogo fácil na Série A. O Vasco vinha muito bem, e o São Paulo, oscilando, chegou a São Januário com um time recheado de desfalques. O Tricolor impôs muitas dificuldades ao time de Diniz e mereceu a vitória. Mas a principal lição é a de que o time pode ter mais paciência dentro de campo. Afobado, o Vasco optou em vários momentos por acelerar ou forçar jogadas que não precisavam disso. O time estava jogando bem e poderia chegar ao empate naturalmente. A afobação também veio nas substituições, quando Diniz deveria ter mantido um time mais equilibrado em campo por mais tempo.




