Análise: Vasco vence sem empolgar, mas vitória ao menos alivia pressão sobre Fábio Carille
Time teve dificuldade para se impor contra o Sport, terminando o jogo com menos posse de bola e finalizações, porém, fez o dever de casa com o brilho de Vegetti e conquistou a segunda vitória no Brasileirão.
DE 3 x 1 Sport | Melhores momentos | 3ª rodada | Campeonato Brasileiro 2025
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Ainda sem empolgar, o Vasco fez o dever de casa neste sábado e venceu o Sport por 3 a 1 em São Januário, no jogo válido pela terceira rodada do Brasileirão. Um resultado importante diante da sequência difícil que a equipe terá pela frente e que ao menos serve para aliviar a pressão sobre o treinador Fábio Carille.
Carille agora acumula nove vitórias em 17 jogos no comando do Vasco, resultando em um aproveitamento de 58%. Não foram os resultados que levaram o treinador com a corda no pescoço para o jogo deste sábado, mas sim a maneira como a equipe vinha atuando. Contra o Sport, o Vasco apresentou problemas parecidos.
O time não conseguiu se impor contra o Sport, apesar de momentos de superioridade, como no início e no fim do primeiro tempo. No entanto, cedeu espaço ao adversário, sofrendo sustos (embora Léo Jardim não tenha sido muito exigido) e terminou o jogo com menos posse de bola (47%) e menos finalizações (17 contra 10).
A diferença é que o Vasco foi mais eficiente em comparação a jogos anteriores, aproveitando as chances criadas e definindo o jogo com duas bolas paradas que resultaram em gols de Vegetti, além de um lance de contra-ataque no fim, aproveitando a velocidade de Rayan contra a defesa adversária cansada.
Vegetti abraça Coutinho após seu primeiro gol contra o Sport pelo Brasileiro — Foto: Matheus Lima / Vasco da Gama
O Vasco foi dominado pelo Sport dos 10 minutos até o primeiro gol de Vegetti, aos 31 minutos; e do início do segundo tempo até as entradas de Jair e Adson, aos 16. É esse tipo de situação que Carille precisa combater. Por outro lado, o treinador acertou nas substituições e parece ter o elenco na mão, conforme entrevistas e manifestações dos jogadores revelaram – neste sábado, João Victor puxou os companheiros para comemorar com o técnico o primeiro gol.
As atuações individuais de Philippe Coutinho, Nuno Moreira e Paulo Henrique apontam o caminho que o treinador pode seguir. E Vegetti, marcando nas duas únicas oportunidades que teve na partida, mostrou mais uma vez seu poder de decisão. Com meia hora em campo, Adson se destacou mais do que Garré na ponta direita, mas Carille revelou na coletiva que o atacante ainda não tem condições físicas de atuar durante toda a partida.
Na noite deste sábado, o Vasco teve um primeiro tempo irregular, permitindo que o Sport ganhasse espaço em determinado momento, mas soube aproveitar as oportunidades e foi para o intervalo com a vantagem de 2 a 0. A equipe enfrentou dificuldades nos primeiros minutos para criar e penetrar na defesa rubro-negra. A única finalização perigosa antes dos 30 minutos foi um chute de Coutinho de fora da área que exigiu uma boa defesa de Caíque França.
Sem conseguir amedrontar, o Vasco permitiu que o Sport crescesse no jogo: os pernambucanos chegaram a igualar a posse de bola e, antes da entrada de Vegetti, tinham mais finalizações. Apesar de não ter havido chances claras, a equipe liderada por Pepa controlou as ações por cerca de 15 minutos, empurrando os donos da casa para o próprio gol.
Até que, aos 30 minutos, uma jogada de Nuno Moreira pela esquerda mudou o rumo do jogo. O português foi derrubado com falta. Na cobrança, a bola chegou a Garré, que levantou para Coutinho cabecear, permitindo a Vegetti abrir o placar. O Sport sentiu o golpe, e o Vasco aproveitou o momento para marcar o segundo gol e garantir a tranquilidade para o resto do jogo. Vegetti, após assistência de Nuno Moreira, marcou de cabeça seu 13º gol na temporada.
O Sport voltou mais forte do intervalo, causando problemas para Léo Jardim em um lance de falta de Barletta e acertando o travessão em outra finalização do atacante. Aos nove minutos, Hugo Moura acabou marcando um gol contra ao tentar cortar um escanteio na primeira trave. Até então, apenas o Sport estava jogando no segundo tempo.
Tchê Tchê e Garré eram os jogadores menos produtivos, sendo substituídos por Jair e Adson, que recolocaram o Vasco na partida. A equipe passou a conseguir criar jogadas pela direita e a avançar com mais jogadores no ataque. Adson, Coutinho e Lucas Piton quase diminuíram a vantagem em finalizações de longa distância.
A partir desse momento, o Vasco teve provavelmente seu melhor momento no jogo. Conseguiu frear o ímpeto do adversário e administrar a vantagem até marcar o terceiro gol, originado de um lançamento longo de Payet e finalizado por Rayan, que ganhou na velocidade do marcador e bateu no canto do goleiro.