Última atualização 22/09/2021 | 20:18
No documentário “Francesco”, que estreou no festival de Roma, no dia 21 de outubro, o papa é visto dizendo: “As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família”. Esta fala gerou polêmica e a mídia repercutiu como um “aprovação” do pontífice, às uniões homossexuais.
Fato é que o Vaticano, agora, vem à tona para esclarecer a confusão. Segundo a Santa Sé, a fala de Francisco foi tirada de contexto e cortada propositalmente. Segundo a nota explicativa, o Papa também teria dito: “falar em casamento entre pessoas do mesmo sexo é algo incongruente”. Esta frase, porém, foi cortada do filme, segundo o Vaticano.
A instituição também declarou que o pontífice se referia às uniões civis, sendo que a Igreja Católica continua considerando as relações homossexuais como pecado e não reconhecidas como “matrimônio”. Em documento assinado pelo Papa João Paulo II, entretanto, até a união civil é condenada. O título é “Considerações sobre os projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais”, disponível no site da Congregação para a Doutrina da Fé.
“A igreja ensina que o respeito para com as pessoas homossexuais não pode levar, de modo nenhum, ao reconhecimento legal das uniões homossexuais. Reconhecer legalmente as uniões homossexuais significaria não só aprovar comportamento errado, mas também ofuscar comportamentos fundamentais que fazem parte do bem comum da humanidade”, diz o texto, de 2003.