Vaticano: Papa Francisco endurece leis contra a corrupção

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Nesta quinta-feira, 29, o papa Francisco tomou medidas para evitar a corrupção no Vaticano. Ele determinou a realização da divulgação econômica total para controles dos administradores, norma que vale até mesmo para cardeais.

Além disso, o decreto determina que padres e cardeais divulguem no momento da nomeação, e depois a cada dois anos, se já foram alvo de investigação financeira.

Também foi determinado que cardeais não podem se beneficiar de paraísos fiscais, aceitar presentes de valor superior a 40 euros (R$ 260) ou ter imóveis obtidos por meio de fundos de atividades ilegais.

A nova medida segue decreto anterior, de maio de 2020, em que o papa endurece as regras para contratos de aquisição pelos departamentos do Vaticano.

Os religiosos devem declarar que não possuem, nem mesmo por terceiros, investimentos ou participações em empresas listadas com alto risco para lavagem de dinheiro.

Assim como não podem manifestar ações ou outros interesses em empresas que as políticas sejam contrárias à doutrina social da Igreja.

O papa afirmou que os funcionários devem aderir a “regulamentações e melhores práticas aceitas internacionalmente”, requerendo transparência daqueles que ocupam cargos importantes, para combater “conflitos de interesse, práticas de clientelismo e corrupção em geral”, de acordo com o publicado pela Reuters.

 

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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