Baixa vazão do Rio Meia Ponte coloca em risco abastecimento em Goiânia e região

Com quase 100 dias sem chuvas, a vazão do Rio Meia Ponte, em Goiânia, está em nível crítico 1. A informação consta no boletim de segurança hídrica da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O índice é sinônimo de alerta para a população.

A vazão média chegou a 4,455 mil litros nesta segunda-feira, 22, enquanto o ideal é de pelo menos 12 mil. A Bacia do Rio Meia Ponte é responsável por abastecer a capital e a Região Metropolitana. Agora, a sociedade deve adotar medidas para evitar o desabastecimento. Já que a previsão é que as chuvas retornem apenas em outubro, com o início da primavera.

“É importante neste momento que a população faça o uso racional da água, mais do que nunca. Ainda teremos um longo tempo até o retorno do período chuvoso, que se dará em meados de outubro”, reforça o o Gerente do Centro de Informações Meteorológicas (Cimehgo), André Amorim.

Medidas simples como reduzir o tempo no banho, fechar a torneira ao escovar os dentes e varrer em vez de lavar calçadas são medidas simples que podem impactar na conta de energia elétrica.

Somente no ano passado, a energia consumida pelos brasileiros teve 62% do total originada em hidrelétricas. Ou seja, quanto menos água nos reservatórios, menor a capacidade geradora de energia e maior utilização de termelétricas, que têm custo mais elevado. Há sete anos, as bandeiras tarifárias fazem parte da rotina da população para alterar o preço da energia conforme a existência e intensidade de escassez de chuvas.

Veja os níveis de segurança:

I Nível de Atenção  Escoamento menor ou igual a 12.000 L/s
II Nível de Alerta  Escoamento menor ou igual a 9.000 L/s
III Nível Crítico 1  Vazão escoamento menor ou igual a 5.500 L/s
IV Nível Crítico 2  Escoamento menor ou igual a 4.000 L/s
V Nível Crítico 3  Escoamento menor ou igual a 3.000 L/s
VI Nível Crítico 4  Escoamento menor ou igual a 2.000 L/s

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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