Vegetti: artilheiro e destaque do Vasco em sua melhor temporada aos 36 anos

Com 86 horas em campo, Vegetti se supera aos 36 anos e fecha melhor temporada da carreira. Argentino alcança marca que nenhum atacante do Vasco atingiu desde Alecsandro, termina 2024 como goleador da Copa do Brasil e fica a três gols da artilharia do Brasileirão.

Autor dos dois gols da vitória do Vasco sobre o Cuiabá no domingo, pela 38ª rodada do Brasileirão, Vegetti fechou com chave de ouro sua primeira temporada completa com a camisa do clube. Aos 36 anos, o argentino se superou, alcançou os melhores números da sua carreira e fez o que nenhum outro atacante vascaíno conseguiu fazer desde Alecsandro em 2012.

Foram raros os momentos da temporada em que o Vasco esteve em campo sem o seu capitão no comando do ataque. Ao todo, Vegetti atuou por 5.175 minutos, o que dá pouco mais de 86 horas. No elenco, ele só perde no quesito para o goleiro Léo Jardim, que participou de todos os 5.959 minutos jogados pelo Vasco no ano.

Com 54 partidas disputadas, essa foi com folga a temporada em que Vegetti mais vezes atuou, superando os 38 jogos que fez pelo Belgrano em 2021. Vegetti terminou o ano com 26 participações em gols: foram 23 gols marcados (seu recorde na carreira) e três assistências.

Vegetti foi o artilheiro da Copa do Brasil, com seis gols – balançou as redes em todas as fases da competição. Não fosse o período entre fim de setembro e início de dezembro em que ficou sem marcar, ele poderia ter brigado também pela artilharia do Brasileirão. Foram 12 gols na competição, três a menos que os artilheiros Yuri Alberto (do Corinthians) e Alerrandro (do Vitória) e um a menos que Estêvão (do Palmeiras).

Nem mesmo Cano alcançou esses números na sua melhor temporada com a camisa do Vasco. Em 2020, Cano teve 25 participações em gols (24 gols e uma assistência). Antes de Vegetti, o último centroavante com tamanho poder de decisão foi Alecsandro, que marcou 25 gols e deu três assistências na temporada 2012.

Vegetti encerra o ano com números impressionantes, deixando sua marca na história do Vasco. Com uma torcida tão apaixonada, a expectativa para os próximos desafios é grande. Com tanta dedicação e talento, o futuro parece promissor para o jogador argentino em solo brasileiro.

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Golaço de Diego Souza e festa da torcida: vitória histórica do Vasco em jogo que impressionou Carille em 2012

Golaço de Diego Souza e festa da torcida: como foi a vitória do Vasco que impressionou Carille em 2012

Em coletiva, treinador lembrou episódio ocorrido em jogo da Libertadores de 2012, quando trabalhava com Tite no Corinthians e foi a São Januário como um desconhecido observador [https://s01.video.glbimg.com/x240/13253096.jpg]

Treze anos atrás, quando ainda não tinha pretensões de seguir carreira solo e muito menos imaginava que um dia seria treinador do Vasco [https://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/], Fábio Carille circulou como um desconhecido pelos corredores de São Januário para observar o potencial adversário do Corinthians na fase seguinte da Libertadores. E ficou impressionado com o que viu na Colina Histórica.

O episódio foi recordado pelo treinador em sua coletiva de apresentação. Em 2012, Carille trabalhava com Tite e por vezes tinha a função de analisar os adversários que o Corinthians teria pela frente. Na ocasião, Vasco e Timão estavam nas oitavas de final da Libertadores e iriam enfrentar respectivamente Lanús e Emelec.

– O que eu mais me recordo foi em 2012, quando vim aqui. Ninguém me conhecia ainda, vim à paisana para assistir Vasco x Lanús, quando eu era o observador do Corinthians pela Libertadores – contou Carille.

– Eu fiquei ali no meio da torcida, quietinho, vendo o bandeirão passando em cima para lá e para cá. Gritaria, aquele apoio. É algo que eu não tenho como esquecer, que foi marcante o peso dessa torcida, a paixão dessa torcida pelo clube. E nós dentro de campo, com o nosso trabalho, temos que representar muito bem essa torcida apaixonada – completou.

Sob o comando de Cristóvão Borges, o Vasco tinha a base do time campeão da Copa do Brasil um ano antes, com Fernando Prass, Fagner, Felipe, Diego Souza, Éder Luís, Alecsandro e companhia. Juninho Pernambucano também fazia parte do grupo, mas chegou depois da conquista do título nacional.

Na fase de grupos, o clube se classificou sem sustos na chave que também tinha Libertad, Nacional e Alianza Lima. A campanha foi de quatro vitórias, um empate, uma derrota e 13 pontos. São Januário estava lotado naquele dia 2 de maio de 2012. O Vasco tinha como objetivo fazer o melhor placar possível em casa para não precisar sofrer na volta, em Buenos Aires.

Aos 25, o time começou a construir o placar com o cruzamento de Éder Luis pela direita que Alecsandro completou de qualquer maneira, com a coxa, para balançar a rede. Mas o ponto alto da noite aconteceu um pouco antes do intervalo.

Diego Souza, que vivia grande momento na carreira e era um dos principais destaques do Vasco, recebeu na entrada da área, deu um chapéu em Braghieri e emendou de primeira, sem deixar a bola cair. Um golaço. São Januário veio abaixo.

A torcida do Vasco foi para o intervalo em êxtase e fez grande festa com a vitória parcial, com Fábio Carille entre os milhares de espectadores na arquibancada. Mas o jogo terminou em clima de tensão porque o Lanús diminuiu no segundo tempo, com gol de Regueiro, e o técnico Cristóvão chegou a ser vaiado no fim da partida.

No jogo da volta, na Argentina, foi a vez de o Lanús vencer por 2 a 1, mas o Vasco avançou com vitória na decisão por pênaltis. O Corinthians passou pelo Emelec com o placar agregado de 3 a 0 e fez o confronto brasileiro nas quartas que ficou marcado pelo gol de cabeça de Paulinho e a inacreditável chance perdida por Diego Souza na frente de Cássio.

O Corinthians de Tite e Fábio Carille foi o campeão da Libertadores, com vitória sobre o Boca Juniors na final. Quase cinco anos depois, Carille foi efetivado como treinador do clube paulista depois da demissão de Oswaldo de Oliveira e deu início à carreira de treinador.

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