Veja como ficam as viagens de Goiânia para o RJ após suspensão de voos diretos

Os goianos amantes das praias cariocas agora demorarão mais para chegar ao solo do Rio de Janeiro. Os voos diretos entre os aeroportos Santa Genoveva e Santos Dumont serão suspeitos em breve devido a uma mudança determinada pelo governo federal. Aos que já garantiram passagens com voos diretos devem se atentar aos próximos meses e, caso seja preciso, poderão solicitar a troca sem custos adicionais ou reembolso.

A suspensão dos voos diretos entrará em vigor a partir de janeiro de 2024, ficando determinado que o Aeroporto Santos Dumont terá voos para o raio máximo de 400 quilômetros. A mudança acontece em Goiânia e em outros terminais brasileiros – como por exemplo, Brasília, Florianópolis e Porto Seguro -, sendo determinada pelo governo federal, que garante que as viagens que chegariam ao aeródromo cheguem ao Aeroporto Internacional do Galeão.

A capacidade operacional do Santos Dumont também reduzirá de 30% a 50% a oferta de voos, a partir de outubro. O objetivo é aumentar o fluxo do Galeão, com intuito de reequilibrar a concessão do terminal, isso porque o aeroporto era o segundo mais movimentado do Brasil há 12 anos, ficando atrás do de Guarulhos.

Apesar da possível mudança, ao Jornal Diário do Estado (DE), a CCR Aeroportos, responsável pela operação do Aeroporto de Goiânia informou que ainda não irá responder por nota oficial, mas “ainda sem impactos e cancelamentos de rotas com destino a Santos Dumont”.

Companhias aéreas

Para maiores esclarecimentos, o DE entrou em contato com a companhia aérea da GOL, mas não recebeu respostas até a última atualização desta reportagem. Entretanto, a Azul enviou nota ao Jornal informando que, devido às restrições, as mudanças foram obrigatórias. Veja o comunicado na íntegra.

A Azul informa que, devido às restrições de capacidade operacional impostas no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, se viu obrigada a fazer mudanças na operação de voos diretos na cidade.  

A partir de 1º de outubro de 2023, a empresa suspenderá os voos diretos que partem do Santos Dumont para Brasília (DF), Campos de Goytacazes (RJ), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Seguro (BA), e Vitória (ES). Em 29 de outubro, além das cidades mencionadas, haverá também a suspensão de voos diretos para Goiânia (GO).  

Os Clientes com passagens adquiridas para as rotas suspensas estão sendo informados e receberão toda a assistência necessária, de acordo com a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sendo reacomodados em outros voos da empresa ou terão o ressarcimento integral do valor pago pelo bilhete.  

Por fim, a Azul destaca que como empresa competitiva e atenta ao mercado que é, está sempre em busca de oferecer a melhor experiência de viagem aérea no Brasil. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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