Veja quais foram as fake news ditas por Lula no debate da Globo

A disputa ao Palácio do Planalto está sendo marcada por acusações de divulgação de informações e estatísticas falsas por Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Às vésperas do segundo turno, o debate entre os candidatos veiculado na TV Globo na noite desta sexta-feira, 28, exigiu atenção dos eleitores em relação às fake news de ambos presidenciáveis. No caso do petista, afirmações envolvendo ministros, relações internacionais e pandemia no governo do atual pretendente à reeleição são desmentidas com números e investigações de órgãos oficiais.

Segundo Lula, a gestão do adversário foi lenta para assistir Manaus no pico de casos de pandemia. Ele disse que a disponibilização de oxigênio para a capital amazonense demorou 98 dias, no entanto, um relatório da Procuradoria Geral da República (PGR) apontou que o prazo entre a comunicação e oferta do insumo pelo Ministério da Saúde foi de dois dias. O atraso ocorreu na disponibilização da versão líquida do oxigênio, o que ocorreu somente cinco dias depois, e também na quantidade necessária para atender a grande demanda do período, no início de 2021.

A resistência e até rejeição de líderes internacionais por Bolsonaro também foi alvo das declarações do petista. Porém, ele se valeu da amistosidade do período em que chefiava o governo brasileiro para exemplificar como era bem-quisto e falhou ao afirmar  ao afirmar ter sido convidado para todas as reuniões do G8. O grupo é formado pelos oito países mais ricos e influentes do mundo. É que em 2004 e em 2010, a cúpula enviou convites somente para países africano e do Oriente Médio e depois inclui apenas alguns das Américas Central e do Sul, respectivamente.

O petista declarou ainda no programa da TV Globo que o adversário nas urnas “colocou o amigo dele, general Pazuello, queestava querendo ganhar um dólar por cada vacina segundo a CPI da COVID-19.” A investigação feita pelo Congresso Nacional descobriu que a proposta foi de um diretor do Ministério da Saúde e não do chefe da pasta à época. A confirmação veio do próprio representante comercial de uma empresa de suprimentos médicos.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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