Velório de dentista encontrada carbonizada é interrompido pelo IML

O Instituto Médico Legal (IML) interrompeu, na manhã desta quinta-feira, 28, o velório da dentista que foi assassinada em Araras, município localizado em São Paulo. A Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP) pretende averiguar se possuía alta concentração de gás carbônico na corrente sanguínea da vítima, buscando definir se ela morreu por causa da fumaça ou por asfixia. Bruna Angleri, de 40 anos, foi encontrada na manhã da última quarta-feira, 27, com o corpo carbonizado dentro de casa, em um condomínio, no Portal das Laranjeiras, no Distrito Industrial.

A corporação suspeita do ex-namorado da vítima, que se apresentou com um advogado no fim da tarde, porém ele negou envolvimento no crime. Ele foi liberado, mas teve o celular apreendido.

Ao portal UOL, o advogado Wagner Moraes, que defende o ex-namorado, informou que o casal manteve um relacionamento por sete meses e que o suspeito chegou, inclusive, a morar com Bruna. Eles teriam decidido se separar há aproximadamente um mês.

Entenda o caso

De acordo com a Polícia Militar, a mãe da vítima achou estranhou o fato de não receber notícias da filha. Então ela resolveu ir até a casa da dentista, onde a encontrou morta dentro do quarto.

A mãe acionou o Corpo de Bombeiros que se direcionaram ao local e encontrou o corpo da dentista carbonizado. O corpo da vítima foi levado ao IML.

Segundo o delegado, o caso foi registrado como homicídio e a vítima teria sido agredida “severamente” no rosto, ficando desacordada. A suspeita é que Bruna já estivesse morta quando o corpo foi carbonizado, mas, o delegado informou que “o laudo ainda não está pronto, depende dos exames toxicológicos, detalhes que podem demorar alguns dias”.

Ele ainda avaliou que o crime foi “muito violento e atípico”, considerando o tamanho da cidade.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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