Venda de remédio para Alzheimer é autorizada nos Estados Unidos

Foi autorizada, no último dia 6, nos Estados Unidos a distribuição do primeiro medicamento comprovadamente eficaz no combate ao Alzheimer. lecanemab, que será vendido como o nome de Leqembi, levou a uma redução de 27% da taxa de declínio cognitivo de pacientes em estágio inicial.

“Hoje, a Food and Drug Administration dos EUA converteu Leqembi (lecanemab-irmb), indicado para tratar pacientes adultos com doença de Alzheimer, para aprovação tradicional após a determinação de que um estudo confirmatório verificou benefício clínico”.

O Leqembi deve ser vendido a US$ 26,5 mil dólares, quase R$ 130 mil reais o conjunto de doses necessárias para um ano de tratamento. A medicação foi desenvolvida pela farmacêutica japonesa Eisa em parceria com a americana Biogen.

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos norte-americana, havia aprovado em janeiro, pelas evidências de seu impacto em pacientes com Alzheimer em estágio inicial. As associações de planos de saúde, no entanto, pediram uma revisão da decisão para poder se prepararem para os custos de distribuir a medicação aos seus assegurados.

Ação na causa

Ao contrário dos remédios, que combatiam sintomas da doença, o Leqembi age especificamente em sua causa e desacelera o declínio cognitivo. Embora não represente uma cura para a condição, a medicação faz o progresso ser bem mais lento. As aplicações são feitas por via intravenosa a cada duas semanas.

O remédio está aprovado apenas para pessoas que têm um diagnóstico recente da doença, ou seja, pacientes com uma farta quantidade de proteínas amilóides saudáveis em seu cérebro. Estas células são debilitadas e destruídas com o avanço do Alzheimer e o Leqembi ajuda a preservá-las por mais tempo.

No entanto, o Leqembi apresenta efeitos colaterais perigosos. Cerca de 13% dos pacientes que participaram das fases finais de estudo apresentaram um crescimento inesperado do cérebro.

Irreversível

A doença de Alzheimer é um distúrbio cerebral irreversível e progressivo que afeta mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. A entidade Alzheimer’s Disease International prevê que esses números podem saltar para 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população.

A doença destrói lentamente as habilidades de memória e pensamento e, eventualmente, a capacidade de realizar tarefas simples.

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