Venda do HCamp causa polêmica entre governo, oposição e servidores

A venda do atual Hospital de Campanha para o Enfrentamento do Coronavírus (HCAMP), criado no prédio do Hospital do Servidor Público, tem causado controvérsia.

O local passará a abrigar o maior hospital da criança do Centro-Oeste. O Hospital Materno Infantil, que atendia mulheres e menores de idade, agora prestará atendimento voltado ao público feminino.

Embora o projeto tenha sido aprovado em primeira votação ontem, terça (14), pelos deputados estaduais, a autorização da Assembleia Legislativa gerou repercussão negativa entre o Sindicato dos Servidores e oposição ao governo.

A crítica mais contundente das entidades que representam os servidores está relacionada aos recursos empregados na construção do prédio que deveria se tornar uma unidade de atendimento para a categoria.

Os representantes afirmam que o Hospital do Servidor foi construído com recursos dos servidores estaduais pelo Ipasgo e representou a realização de uma antiga demanda do funcionalismo público goiano. Além disso, eles reclamam que a proposta de venda não foi discutida com os servidores.

O líder do governo na Casa, o deputado Bruno Peixoto (MDB), defende que amanutenção do hospital demandaria gastos de R$ 200 milhões por mês, o que prejudicaria os servidores. Na opinião dele, o atendimento ficaria todo concentrado nesta unidade de saúde, sem opções na rede credenciada.

Já para o deputado Hélio de Sousa, trata-se da perda de um patrimônio doa servidores públicos de Goiás. Ele justifica o ponto de vista exemplificando com a qualidade do Hospital dos policiais militares. Segundo ele, o local exclusivo atende 600 mil pessoas pelo Ipasgo com serviço de qualidade e seguro.

Nota da SES

“A Secretaria Estadual de Saúde informa que o HCamp passará por uma desinfecção total e, em seguida começará a ser adaptado para funcionar como Hospital Estadual da Criança e Adolescente (Hecap). Ele deve iniciar atendimentos na primeira semana de janeiro de 2022.”

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