Já foi o tempo em que comprar um imóvel dependia apenas de dinheiro ou cheque. Agora, uma tendência mundial chega como opção para os brasileiros: a transação comercial por criptomoeda. A novidade será aplicada pela primeira vez no Brasil em Valparaíso de Goiás. No local, um estande de vendas vai converter a moeda digital em real para fechar negócio em um empreendimento instalado na cidade.
A modalidade de pagamento começou a ser empregada no último sábado (2), quando a desenvolvedora Plano Urbano iniciou a venda de lotes em um bairro planejado chamado parque Reserva do Vale intermediada pela primeira startup do Centro-Oeste, a goiana Terra Token. O emprego de criptomoedas é considerado mais seguro porque garante que as informações, transações e dados estejam protegidos de fraudes.
“Essa é uma tendência sem volta das operações financeiras mundiais, que ganharam inclusive impulso com a guerra e as restrições financeiras no leste europeu. O próprio Brasil já estuda a implantação do Real Digital”, diz o especialista em desenvolvimento e inovação imobiliária, Cleberson Marques. O estímulo para a popularização da ideia se explica pela adesão do mercado e pelo aumento de investidores individuais para aumentar os negócios.
Para o diretor comercial da Plano Urbano, Emerson Vieira, objetivo de facilitar o pagamento dos lotes por meio da conversão das criptomoedas visa conquistar um novo mercado. “Acreditamos que daremos a nossa contribuição para criar uma cultura que, muito brevemente, se tornará uma prática usual do mercado”, afirma.
A utilização desse tipo de moeda aumentou 73,3% no ano passado em relação ao anterior, conforme dados da Receita Federal. A primeira delas chegou ao país em 2008 e agora já são 5.536, número 30 vezes maior que o de moedas reais emitidas por governos, segundo o portal Você S.A.