Projeção foi feita pela CNC, que estima aumento de 5,2% no volume de vendas neste ano
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que com a proximidade do Natal as vendas devem movimentar R$ 34,9 bilhões, um avanço de +5,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, o maior desde 2013. A estimativa anterior da CNC para o crescimento do volume de vendas era de +4,8%. Para o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes, a nova expectativa se baseia no cenário de inflação baixa, de queda de juros e de retomada gradual e contínua do emprego.
O maior aumento esperado deve acontecer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, em torno de 17,8% a mais nas vendas em comparação ao ano passado. Os segmentos de hiper e supermercados devem movimentar mais de R$ 11 bilhões; lojas de vestuário, em torno de R$ 9 bilhões e de artigos de uso pessoal e doméstico pouco mais de R$ 5,1 bilhões.
Bentes afirmou que um dos principais motivos por trás deste otimismo dos lojistas é a deflação. A cesta composta por 214 bens ou serviços mais consumidos nesta época do ano mostra que, na média, os preços medidos através do IPCA-15 apresentaram recuo de 1,2% nos 12 meses encerrados em novembro – resultado inédito desde o início desse levantamento, em 2001.
A perspectiva de retomada lenta e gradual da atividade econômica e do consumo, com impactos positivos sobre o emprego, decorrentes da reforma trabalhista são motivos para este otimismo patronal para o surgimento de novas vagas de trabalho. A taxa de efetivação dos trabalhadores no início do próximo ano também deve passar dos 15% observados em 2015/2016, para aproximadamente 30% após o Natal de 2017.
Em Goiânia
As vendas de vestuário, acessórios e calçados foram de grande movimento em regiões populares como a da Rua 44, no Setor Norte Ferroviário, nos dois primeiros finais de semana de dezembro. Ontem, apesar de aparente calma, as lojas da região ainda registravam vendas. O grande movimento é esperado para o final de semana que antecede o Natal, com o recebimento da segunda parcela do décimo terceiro salário dos trabalhadores.