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Vendas de ovos de páscoa podem aumentar 23% em supermercado de Goiás

Última atualização 23/03/2023 | 17:12

Os supermercados de Goiás podem ter aumento de vendas de 23% na páscoa deste ano. Faltando cerca de duas semanas para a celebração, os estabelecimentos se esforçam para convencer os clientes a anteciparem as compras. O índice anunciado pela Associação Goiana de Supermercados (Agos) está acima do previsto para a média nacional, que é de 15%, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

 

A expectativa otimista se mantém apesar dos preços 15% mais salgados registrados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em Goiânia, os ovos de chocolate tradicionais podem ser encontrados a partir de R$ 40. A demanda, no entanto, deve ser maior pelos bombons com 26,7% do estoque; seguido de mini-ovos, coelhos, barras (25,1%) e ovos de 100 g a 521 gramas, ovos com brinquedos ou brindes (20%). 

 

De acordo com a Agos, a alta está associada à elevação do custo do cacau. A estratégia dos supermercadistas para fisgar os consumidores é a variedade de opções e de preços. Os pedidos para indústrias regionais dobraram neste ano para evitar prateleiras vazias, como ocorreu no ano passado. 

 

A quantidade de lançamentos neste ano chegando a 163 entre produtos e chocolates artesanais é maior do que a de 2015, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). Uma pesquisa da agência Kantar  revelou que os itens não industrializados são mais procurados pelos clientes e custam R$ 52 a menos por quilo em média.

 

O preço mais alto para o ovo de páscoa comparado a outros formatos como barra não se justifica apenas pela apresentação redonda. “Os ovos passam por um processo de produção de alta complexidade com custos de fabricação superiores, além disso, são embalados manualmente e as próprias embalagens são maiores e mais sofisticadas do que as de chocolates de linha regular”, destaca a Abicab. 

 

Outras justificativas são  o deslocamento, a estocagem, a apresentação no varejo em túneis nos corredores das lojas, além da contratação de trabalhadores temporários  estimada em 41,5 mil em 2023, de acordo com a Assertem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário). A Abicab diz que o trabalho de criação de conceito, coleções e parcerias começa com 18 meses de antecedência da Páscoa.