Vendas do Tesouro Direto caem 16,7% em fevereiro

Vendas do Tesouro Direto caem 16,7% em fevereiro

As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 3,04 bilhões em fevereiro, divulgou nesta quarta-feira, 27, o Tesouro Nacional. O valor caiu 16,7% em relação a janeiro e 16,1% em relação a fevereiro do ano passado.

O recorde mensal histórico do Tesouro Direto ocorreu em março do ano passado, quando as vendas somaram R$ 6,842 bilhões. O mês passado foi marcado por algumas instabilidades no mercado financeiro global, o que reduziu o interesse de alguns investidores.

Os títulos mais procurados pelos investidores em fevereiro foram os corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu 64,8%. Os títulos vinculados à inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) corresponderam a 22,4% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 8,8%.

Destinados ao financiamento de aposentadorias, o Tesouro Renda+, lançado no início de 2023, respondeu por 2,9% das vendas. Criado em agosto do ano passado, o novo título Tesouro Educa+, que pretende financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu apenas 1,1% das vendas.

O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da Taxa Selic. Em março de 2021, o Banco Central (BC) começou a elevar a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história, ficou em 13,75% ao ano entre janeiro de 2022 e agosto de 2023. Mesmo com as quedas recentes nos juros básicos, atualmente em 10,75% ao ano, as taxas continuam atrativas.

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 131,459 bilhões no fim de fevereiro, aumento de 1,04% em relação ao mês anterior (R$ 130,09 bilhões) e de 21,6% em relação a fevereiro do ano passado (R$ 108,99 bilhões). Essa alta ocorreu porque as vendas superaram os resgates em R$ 217,3 milhões no último mês.

Investidores

Em relação ao número de investidores, 324,8 mil novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 27.711.491. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 18,7%. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2.538.900, aumento de 19,7% em 12 meses.

A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil, que correspondeu a 83,1% do total de 500.399 operações de vendas ocorridas em fevereiro. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 60,4%. O valor médio por operação atingiu R$ 6.075,78.

Os investidores estão preferindo papéis de médio prazo. As vendas de títulos de até cinco anos representam 30,9% do total. As operações com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 52,8% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram 16,3% das vendas.

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente.

Captação de recursos

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que tem a custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.

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Procon encontra variação de até 550% em itens da ceia de Natal

Os consumidores já se preparam para ir aos supermercados e atacadistas em busca de produtos para a ceia de Natal. Sabendo disso, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 11 estabelecimentos da Região Metropolitana de Goiânia.

Ao todo, 93 itens foram analisados, como frutas, doces em calda, panetones, aves, carnes e bebidas. O levantamento foi realizado de 13 a 19 de dezembro.

Ceia de Natal

A maior variação encontrada foi de pouco mais de 550% no quilo do mamão formosa, comercializado de R$ 2,29 a R$ 14,90. Outra fruta que teve uma oscilação considerável foi o melão amarelo, com o quilo vendido de R$1,49 a R$10,48, variação de 429,29%.

O bacalhau, bastante procurado nesse período, teve variação de mais de 223%, encontrado de R$ 29,90 a R$ 96,85. Outra carne em destaque é o pernil, vendido de R$ 9,87 a R$ 28,50, com uma variação de 188,75%.

Os pesquisadores também fizeram levantamento de cestas natalinas e encontraram uma diferença que deve ser levada em consideração. O produto que contém 16 itens vem sendo vendido entre R$ 76,90 e R$ 139,90.

Para quem estiver buscando bebidas, é importante pesquisar. Os agentes do Procon Goiás verificaram que o vinho Casillero Del Diablo 750 ml está entre R$ 39,99 e R$ 109,90, diferença de quase 175%.

A pesquisa completa, com relatório e planilha, está disponível no site do Procon.

Orientações

O Procon Goiás orienta o consumidor a sempre pesquisar os preços dos produtos antes de adquiri-los, pois há uma variação significativa de um estabelecimento para outro. É importante ficar atento, na hora da compra, na consistência, textura e no cheiro dos produtos, principalmente frutas e carnes.

Evite adquirir frutas já picadas, porque elas perdem nutrientes e possuem menor durabilidade.

No caso das bebidas, verifique se as garrafas não apresentam vazamentos e as tampas e os lacres não foram violados. Congelados como pernil, peru e chester devem estar dispostos nos balcões refrigerados devidamente etiquetados, informando o peso líquido.

A embalagem não pode conter água ou sangue na parte externa, pois isso pode ser um sinal que já foi descongelado ou a temperatura do balcão refrigerado não está adequada.

 

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