Venezuela convoca embaixador brasileiro após declarações do governo

A Venezuela convocou o embaixador brasileiro no país em resposta a declarações do governo brasileiro que foram consideradas “intervencionistas e grosseiras”. Essa ação marca uma escalada na tensão diplomática entre os dois países.
 
De acordo com fontes oficiais venezuelanas, as declarações do governo brasileiro foram vistas como uma interferência direta nos assuntos internos da Venezuela. O governo venezuelano expressou sua insatisfação com a postura do Brasil, afirmando que tais comentários são inaceitáveis e contrários aos princípios de respeito e soberania nacional.
 
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela criticou veementemente as declarações, destacando que elas refletem uma postura de “mensageiro do imperialismo”. Essa reação indica um nível significativo de descontentamento e pode ter implicações duradouras nas relações bilaterais.
 
A crise diplomática entre a Venezuela e o Brasil vem se agravando nos últimos tempos, com ambos os lados apresentando posições divergentes sobre various assuntos, incluindo questões políticas e econômicas. A convocação do embaixador brasileiro é um passo significativo nessa disputa, sugerindo que a situação pode continuar a se deteriorar.
 
As autoridades venezuelanas reiteraram sua posição de defender a soberania e a independência do país, rejeitando qualquer forma de intervenção externa. A comunidade internacional está atenta à evolução dessa crise, considerando as possíveis consequências para a região.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF indiciou mais três militares por participação em trama golpista; confira quem são

Bolsonaro e Militares Indiciados em Trama Golpista

A Polícia Federal (PF) indiciou na quarta-feira, 11, mais três militares no inquérito que investiga o plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Esses novos indiciados se juntam aos 37 já identificados anteriormente, incluindo o próprio Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto.

Os novos indiciados são Aparecido Andrade Portela, militar da reserva e suplente da senadora Tereza Cristina do PL; Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército e ex-chefe de gabinete do secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes; e Rodrigo Bezerra Azevedo, tenente-coronel preso na operação que investiga a tentativa de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Aparecido Andrade Portela fazia a ligação entre o governo de Jair Bolsonaro e financiadores de manifestações antidemocráticas. Ele visitou o Palácio da Alvorada pelo menos 13 vezes em dezembro de 2022. Reginaldo Vieira de Abreu foi acusado de disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral e imprimiu no Palácio do Planalto um documento que seria utilizado para assessorar Bolsonaro após a concretização do golpe.

O plano golpista, segundo a PF, envolvia a organização de uma trama para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de dar um golpe de Estado e manter Bolsonaro na Presidência. A investigação revelou que a organização, formada por quatro militares de alta patente e um policial federal, cogitou envenenar Lula e Moraes, além de considerar o uso de artefatos explosivos.

O relatório da PF concluiu que Bolsonaro tinha ‘pleno conhecimento’ do plano golpista, com base em mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro à época. Cid afirmou que o então presidente estava sendo ‘pressionado’ por deputados e empresários do agronegócio para dar um golpe.

Os indiciamentos serão analisados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que deve apresentar as denúncias ao STF até fevereiro de 2025. Os envolvidos foram indiciados por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp