Venezuelano é preso por explorar e abusar de menina, em Anápolis

Uma denúncia levou o Conselho Tutelar a apurar suspeita de maus tratos a uma garota venezuelana de 10 anos de idade em Anápolis. Após imagens constatarem que a menina pedia esmola nas ruas e uma visita na casa, a equipe identificou sinais de abuso sexual e acionou a Polícia para conduzir um homem também venezuelano até uma delegacia.

No local onde ela morava com o suspeito e a companheira dele havia outras dez crianças. Segundo registros do Conselho Tutelar, os cômodos estavam muito sujos. O pai biológico da menina mora na Venezuela e ela ficou sob os cuidados do homem desde a morte da mãe dela. O grupo teria vindo ao Brasil em busca de melhores condições de vida.

Confira imagens da garota carregando uma cesta básica recebida na rua em Anápolis:

 

Ela afirmou em depoimento que não queria voltar para casa e informou em detalhes os abusos sexuais e a situação de mendicância. Segundo a delegada responsável pelo caso, a menor foi encaminhada para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, para um abrigo do município. O suspeito negou as acusações e foi liberado porque não houve flagrante.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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