Vereador de Cocalzinho de Goiás é investigado por assediar sexualmente servidora

Vereador de Cocalzinho de Goiás é investigado por assediar sexualmente servidora

Um vereador de Cocalzinho de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, é investigado por assédio sexual contra uma servidora municipal. A importunação teria começado em dezembro de 2022, mas foi denunciado por Jessica Pereira apenas em 7 de julho.

“Todos os dias era um assédio. Quando eu levantava da cadeira ele me ‘encoxava’, passava as partes íntimas nas minhas nádegas, pegava no meu seio, me apertava”, contou ao G1.

Segundo ela, Edimar Bezerra da Silva, que é secretário municipal de obras, serviços urbanos, agricultura e pecuária, teria tocado nos seios dela e a forçado a tocar nas partes íntimas dele. O político teria chegado a oferecer dinheiro e uma casa mobiliada para que a vítima tivesse relações sexuais com ele.

A situação teria ficado mais grave quando a servidora sofreu um acidente e não conseguia desviar da importunação. “Eu sofri um acidente de moto e ia para o trabalho com uma tipoia, porque eu fraturei duas costelas e a clavícula, ai ele pegava na minha mão que estava no mouse, passava no órgão genital dele e falava ‘isso aqui tudo é seu’”, contou.

Cansada da situação, Jessica decidiu contar ao marido sobre os assédios que vinha sofrendo. Ele, então, teria ameaçado o vereador e chegado a agredir a jovem juntamente com o filho do casal devido a uma crise de ciúmes. A servidora procurou a prefeitura e solicitou a mudança de pasta.

Ainda segundo a vítima, o vereador a procurou pelo Whatsapp e falou que tudo não passou de um ‘’mal entendido’’, pedindo para que ela não mudasse de pasta. Ele ainda afirmou que o assunto havia sido resolvido com a esposa.

O crime foi denunciado na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Cocalzinho, que diante da repercussão dos fatos, o transferiu para Águas Lindas de Goiás. A delegada Tamires Texeira foi intitulada como responsável pelo caso e deve ouvir o vereador nos próximos dias.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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