Vereador denuncia contrato de licitação de R$6,4 milhões para ser usado em eventos

São cerca de 15 mil crianças que aguardam por vagas nesses CMEIs

Vereador Vinícius Cirqueira (PROS), cobrou nesta terça-feira (22), o secretário municipal da Educação, Marcelo Ferreira da Costa, explicações sobre um contrato de licitação, no valor de R$6,4 milhões para a instalação de palcos, som e iluminação para eventos. Segundo o vereador, o valor estimado seria o suficiente para a Secretaria construir quatro CMEis em Goiânia. “Basta atentar para a situação das escolas municipais, com faltas de vagas e merendas para o alunos. São cerca de 15 mil crianças que aguardam por vagas nesses CMEIs. Enquanto isso, o secretário gasta quase R$ 5 milhões em recursos para instalar palcos para eventos”, enfatizou.

A denúncia já foi encaminhada para análise do Ministério Público estadual, que à época o valor celebrado foi de R$ 790 mil e que, até a presente data, nem sequer R$ 200 mil foram utilizados pela administração para apurar o contrato sob suspeita de superfaturamento. Segundo o vereador, a Câmara também terá que exigir esclarecimentos do prefeito Iris Rezende. Vários vereadores, inclusive da base de apoio político do Paço, defenderam uma ação conjunta para que o fato seja esclarecido.

O líder do Prefeito na Câmara, Tiãozinho Porto (Pros) propôs um encontro com o secretário Marcelo para discutir o assunto.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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