Vereador denuncia superfaturamento em licitação da Secretaria de Educação

Nova denúncia contra outro contrato de licitação da SME, no valor de mais de R$ 1 milhão

Após denunciar, na semana passada, uma proposta de contratação de R$ 6,4 milhões para locação de palcos, som e iluminação de eventos pela Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), o vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Vinicius Cirqueira (PROS), retorna à tribuna da casa nesta terça-feira, (29) às 9 horas, para realizar uma nova denúncia contra outro contrato de licitação da SME, no valor de mais de R$ 1 milhão, destinado à contratação de buffet e aluguel de mesas e cadeiras para eventos.

Segundo o vereador, os valores das duas propostas serviriam para a construção de, pelo menos, 5 CMEIs em Goiânia. “Precisamos de explicações, afinal, um órgão que deveria atuar em prol das crianças e da educação no município não deve ficar preocupado em gastar rios de dinheiro com festinhas. Não tem merenda na escola, não tem vaga em CMEI, mas tem verba para comprar salgadinho para eventos?”, indaga Cirqueira.

Vinicius é considerado vereador da base do prefeito, mas ressalta que essa posição não altera seus questionamentos em relação à efetividade do atual secretariado, principalmente da SME, na gestão de Marcelo Costa.

“São mais de 15 mil crianças em Goiânia esperando por uma vaga em um CMEI e para mim é isso que importa. Ser da base não significa fechar os olhos para a inoperância e incompetência de alguns setores da Prefeitura. Meu dever enquanto vereador é fiscalizar e denunciar qualquer irregularidade, independentemente de partidos ou hierarquias”, ressalta o vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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