Vereador diz que líder comunitária “tem seu carinho, mesmo sendo negra”

Na Câmara Municipal, vereador diz que líder comunitária “tem seu carinho, mesmo sendo negra”

Na última terça-feira, 21, o vereador de Goiânia, Pedro Azulão (PSD), proferiu falas polêmicas durante uma sessão no plenário na Câmara Municipal. Em sua fala, o vereador disse que a líder comunitária, Sônia Fernandes Correa, “tinha seu carinho, mesmo sendo negra”. 

Uma mulher trabalhadeira, uma mulher que defende uma causa social com muita garra […] Uma mulher que, mesmo sendo negra, é uma pessoa que tem o mesmo respeito e o meu carinho”, afirmou. 

As palavras foram proferidas enquanto o vereador defendia a aprovação de uma proposta de lei que transforma uma associação de idosos em uma instituição de utilidade pública, o que permite que ela receba benefícios públicos. Ele já lançou uma nota se desculpando por suas palavras. Segundo o vereador, suas palavras foram mal apresentadas.  

“Como sempre, eu ainda mais a engrandeci, até para a gente convencer alguém que pensasse em votar contra. Mas, infelizmente, aconteceu essa falha. Estive pessoalmente com a Sonia na tarde desta terça-feira para apresentar meus pedidos de desculpas e reiterar, conforme disse em meu discurso, minha admiração e estima por ela e pela obra social que ela promove”, retratou.

Por sua vez, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia informou que ninguém a acionou para instaurar um procedimento sobre o ocorrido que, também, não foi denunciado à Polícia Civil. 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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