Vereador é morto a tiros enquanto construía cerca em Itaguaru

O vereador Thiago Bala (PDT), de 37 anos, foi morto a tiros nesta segunda-feira, 8, enquanto trabalhava na zona rural de Itaguaru, cidade a 123 quilômetros de Goiânia. O parlamentar do município estava trabalhando na construção de uma cerca com mais duas pessoas. 

Segundo a Polícia Militar (PM), testemunhas afirmaram que, em determinado momento, ouviram disparos vindos de dentro de um milharal quando perceberam que a vítima havia sido baleada. Ainda não se sabe o que pode ter provocado o homicídio.

Em nota, a Polícia Civil (PC) informou que assim que tomou conhecimento do homicídio, imediatamente começou a investigação e que as diligências seguiram durante toda a madrugada desta terça-feira, 9. O caso segue em sigilo. 

O inquérito policial tramitará pela Delegacia de Polícia de Taquaral de Goiás e contará com o apoio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Itaberaí. 

Thiago Bala 

Thiago Vieira Lopes, conhecido como Thiago Bala, tinha 37 anos e estava em seu segundo mandato como vereador. Em 2016, ele foi eleito com 300 votos (6,34%) e reeleito em 2020 com 324 (7,30%), sendo o mais votado da cidade. 

Nota de pesar 

O prefeito de Itaguaru, Jaquim Fernando Moreira de Araújo, decretou luto de três dias na cidade pela morte do vereador. A Prefeitura postou em seu perfil no Instagram uma nota de pesar pela morte do parlamentar. 

“É com profunda tristeza e imenso pesar que a Prefeitura de Itaguaru comunica o falecimento do vereador Thiago Vieira Lopes (Thiago Bala). Em luto, a Gestão Municipal e todos os servidores da Prefeitura, manifestam os mais profundos sentimentos de solidariedade à família e amigos. Que Deus, com sua infinita bondade, conforte a todos neste momento de dor e saudade”, disse. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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