Vereador entra com ação contra aumento de passagem de ônibus

O vereador Eduardo Prado (PV) entrou, na última quinta-feira (25), com representação no Ministério Público de Goiás (MP-GO) que questiona o aumento do preço do transporte público em Goiânia e na região metropolitana.  Todos os contratos firmados entre as empresas, concessionárias e a Prefeitura de Goiânia apresentam cláusulas de revisão anual do valor e de melhoria na qualidade do transporte público, segundo o vereador, que explica que entrou com a representação diante das reclamações dos usuários sobre a falta de melhorias e segurança no sistema e, portanto, procura justificativa dos responsáveis acerca dos últimos aumentos da tarifa. “O aumento do combustível por si só não justifica esse aumento desse transporte precário que afeta negativamente a população”, disse Eduardo.

Prado entregou o documento para a promotora Leila Maria de Oliveira, que tem ainda mais cinco outros processos contra as empresas de transporte e aumentos de passagens que tramitam no judiciário desde 2016. A promotora entrou ainda ontem com ação de negligência pelo fato das empresas não estarem cumprindo os contratos, revela o vereador. “Aumentam em 9% a passagem de acordo com as suas ‘planilhas’ sem uma contrapartida para a sociedade”, explica.

O próximo passo, segundo o vereador, é aguardar com o Ministério Público a decisão liminar dos pedidos emitidos por ele e a promotora. “Esses processos demoram, mas o Judiciário precisa determinar que se cumpra as cláusulas contratuais e o que foi acordado previamente. Precisamos fazer a cobrança e fiscalização das autoridades e das empresas. Se entramos com as  ações e a justiça não segue em frente com elas, como vamos melhorar os serviços prestados a sociedade?”, indaga Eduardo.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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