Vereador se veste de palhaço e pede desculpas por voto favorável ao Código Tributário de Goiânia

O vereador Sargento Novandir (Republicanos) se vestiu de palhaço, fez malabarismos e entrou no plenário da Câmara Municipal de Goiânia ao som de música circo, nesta terça-feira (1). O parlamentar, que votou a favor das mudanças no Código Tributário Municipal (CTM) ano passado, disse ter sido “feito de palhaço”.

Novandir afirmou que foi enganado pela proposta do CTM, que incluía mudanças na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Mudanças estas que vêm sendo alvo de críticas e dúvidas desde o ano passado, por conta do aumentos percebidos pela população no valor do imposto.

Nesta segunda-feira (31), parlamentares se reuniram, a portas fechadas, para desenhar uma estratégia que reverta as críticas recebidas de seus eleitores, por terem dado voto favorável ao novo Código.

“Não foi só eu que fui enganado, vários vereadores foram”, disse Novandir, afirmando que errou ao votar favoravelmente no projeto. O vereador ainda defendeu o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), afirmando que o chefe do executivo goianiense “não esperava esse projeto desta forma”.

Em contrapartida, Novandir responsabilizou e atacou o secretário de Finanças, Geraldo Lourenço, sugerindo que ele deixasse o cargo e voltasse para Brasília.

Na noite desta segunda-feira (31), a prefeitura de Goiânia concedeu entrevista coletiva para tratar do IPTU. Diante da repercussão negativa, a prefeitura decidiu que os moradores terão 31 de dezembro para fazer pedido de revisão do valor cobrado. O prazo anterior era 31 de março.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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