Vereador suspeito de homicídio tem mandato suspenso após prisão

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Vereador preso por morte de ex-noivo em MG tem mandato suspenso pela Câmara

Jhonathan Silva Simões, de 31 anos, foi morto a tiros em Formiga (MG) no dia 29 de maio. Após se entregar à polícia por suspeita do homicídio, o vereador Lucas Coelho (PSD) teve mandato e salário suspensos com base no regimento da Câmara de Araújos (MG).

O Diário do Estado de Araújos suspendeu o mandato do vereador Lucas Coelho (PSD) após ele se apresentar à polícia e ser preso por suspeita de envolvimento na morte do ex-noivo, o professor Jhonathan Silva Simões, de 31 anos, assassinado a tiros na porta de casa em Formiga (MG), no último dia 29 de maio.

A decisão foi publicada na tarde desta sexta-feira (6), por meio de uma portaria assinada pelo presidente da Câmara, Saulo Geraldo de Azevedo Santos. O documento informa que Lucas, de 33 anos, se apresentou à Delegacia de Bom Despacho e foi preso por ordem judicial. Com isso, ele teve o mandato suspenso e deixou de receber o salário como vereador.

A suspensão foi determinada com base no artigo 56, inciso I do Regimento Interno da Câmara, que prevê o afastamento automático do mandato em caso de prisão preventiva decretada pela Justiça. Por isso, a Mesa Diretora publicou a Portaria nº 14/2025, suspendendo tanto o exercício do cargo quanto o pagamento de salário ao vereador Lucas Coelho. A medida tem efeito retroativo ao dia 5 de junho, quando ele se apresentou à polícia.

A Câmara ainda não informou como ficará a ocupação do cargo após a suspensão do mandato. Até a última atualização desta reportagem, não havia posicionamento oficial sobre a eventual convocação de suplente ou outro procedimento previsto para o caso.

Em nota oficial, o Diário do Estado disse que lamenta o crime e se solidariza com a família e os amigos da vítima. “Lamentamos profundamente que uma situação tão trágica, que destrói vidas e marca de forma irreversível ambas as famílias, tenha acontecido”, diz um trecho.

O texto também afirma que o Legislativo vai acompanhar o caso e reforça a importância do trabalho da Justiça para esclarecer os fatos. “A Câmara mantém o seu compromisso com a legalidade, a ética e o respeito pela vida e pela comunidade que representa”, diz outro trecho da nota.

O professor Jhonathan Silva Simões, conhecido como Jhony, de 31 anos, foi morto a tiros no dia 29 de maio, quando chegava em casa após o trabalho, em Formiga (MG). Segundo a família, imagens de câmeras de segurança mostram que o atirador o esperava há cerca de 45 minutos. A vítima foi atingida por seis tiros pelas costas. O autor fugiu com o rosto coberto.

O principal suspeito é o vereador de Araújos Lucas Coelho, ex-companheiro de Jhony. Os dois mantiveram um relacionamento por cerca de um ano, encerrado em fevereiro. Familiares afirmam que a relação era marcada por perseguições, ameaças e comportamento abusivo por parte do parlamentar.

Jhony chegou a pedir uma medida protetiva, mas o pedido foi negado pela Justiça. Segundo o primo da vítima, a justificativa foi de que o recurso seria exclusivo para mulheres, informação ainda não confirmada oficialmente.

Lucas se apresentou à polícia em Bom Despacho no dia 5 de junho, acompanhado de um advogado, e teve a prisão decretada. Desde então, está detido. A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência, informou inicialmente que a suspeita era de motivação passional. No entanto, a Polícia Civil ainda não divulgou oficialmente a motivação do crime, mas adiantou que ele deve responder por homicídio qualificado.

No dia seguinte à prisão, o Diário do Estado de Araújos publicou uma portaria suspendendo o mandato e o salário do parlamentar, com base no regimento interno, que determina o afastamento em casos de prisão preventiva. Em nota pública, a Casa lamentou o ocorrido e se solidarizou com a família da vítima.

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