A vereadora Maria Aparecida da Silva (PDT) afirma que o áudio, em que chama professoras de “prostitutas, analfabetas da educação”, foi tirado de contexto. A afirmação foi feita via comunicado, enviado pela Câmara Municipal de Santa Terezinha de Goiás, região norte do estado.
Na última semana, áudio atribuído a ela vazou e se espalhou pelas redes sociais. “Se essas prostitutas, analfabetas da educação, falarem de mim… Você se lembra daquele projeto, há cinco anos, que o Marcos mandou dando só 2%. Eu mesma peguei o projeto e levei, e você falou: ‘Tita, você tem muita coragem, coragem!’. Levei e ele chegou a 13%. Hoje, foi o inverso. Elas dizem que estou contra elas, mas não. Toda vida eu estive do lado, protegendo”, afirma a voz da gravação.
A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com a vereadora, via ligação e mensagem, mas não obteve retorno. No entanto, funcionário da própria Câmara enviou comunicado em nome de Maria Aparecida.
Na nota, a vereadora assume ter gravado o áudio e afirma que a mensagem foi “tirada totalmente fora de contexto e levada às mídias sociais em um ataque sórdido, maquiavélico, maldoso”. Por outro lado, a vereadora assume ter gravado o áudio e diz que não busca se inocentar. “Sei que não fui coerente, nem medi com a régua da prudência as minhas palavras”, afirma a nota. E continua: “fiz um desabafo inapropriado, usando palavras inadequadas e por isso peço desculpas a todos que constrangi com minhas palavras”.
Posicionamentos
O presidente da Câmara de Santa Terezinha de Goiás, vereador Moizés de Morais Pinto, emitiu nota sobre o caso. “Vem manifestar o seu repúdio e informar que não compactua com as palavras externadas pela vereadora Maria Aparecida da Silva”, informa o texto.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município de Santa Terezinha de Goiás (Sindterezinha) também se posicionou sobre o caso. A presidente, Joana D’Arque Vieira Ferreira de Oliveira, repudiou as declarações da vereadora.
“Ocorre que tais declarações não correspondem com a verdade, mostrando amplo desconhecimento a respeito do tema, uma vez que os profissionais de educação estão trabalhando, especializando, se reinventando, usando seus próprios recursos tecnológicos para garantir a qualidade de seus serviços prestados”, afirma a nota.