A vereadora de Passos, Gilmara Oliveira, surpreendeu a todos ao dar voz de prisão à presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais durante uma sessão na Câmara Municipal da cidade, no último dia 30. O motivo da reação da parlamentar foi o desabafo da sindicalista Neusa Efigênia, que teria chamado os vereadores presentes de “capachos do prefeito”. A situação ganhou destaque na imprensa local, com matérias veiculadas no Diário do Estado.
O episódio teve início após a rejeição de um requerimento apresentado por vereadores da oposição, que gerou uma acalorada discussão durante a sessão. Diante da manifestação de Gilmara Oliveira no plenário, a presidente do sindicato se aproximou dos parlamentares e proferiu palavras que foram consideradas ofensivas pela vereadora, configurando um desacato. Foi então que a parlamentar decidiu agir e determinou a prisão de Neusa Efigênia, provocando uma série de desdobramentos na cidade.
Em comunicado oficial, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Passos se posicionou sobre o incidente, afirmando que a confusão teve origem na aprovação de um requerimento que solicitava a transferência de duas servidoras da saúde. A entidade classificou a medida como “arbitrária e inconstitucional” e considerou o episódio como uma tentativa de intimidação por parte dos vereadores. Quanto à expressão “capachos”, o sindicato alegou que se tratou de uma crítica política legítima.
A repercussão do caso levou a Polícia Militar a intervir, acionada pelo presidente da Câmara para evitar maiores conflitos. A agente de plenário Alessandra Martins explicou que a vereadora agiu não no exercício de seu mandato, mas como cidadã, respaldada pelo Código de Processo Penal. Segundo ela, a ação da parlamentar se enquadra no crime de desacato à administração pública. Por se tratar de um delito de menor potencial ofensivo, a sindicalista assinou um termo de compromisso de comparecimento ao Juizado Especial e foi liberada.
Diante da tensão vivida durante a sessão na Câmara Municipal de Passos, a população local aguarda por desdobramentos e resoluções a respeito do incidente envolvendo a vereadora e a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. O caso levanta questões sobre a relação entre agentes políticos e representantes sindicais, bem como sobre os limites do exercício da liberdade de expressão e da crítica no ambiente legislativo. O Diário do Estado continuará acompanhando de perto os desdobramentos dessa polêmica situação em Passos, MG.