Última atualização 05/04/2018 | 09:41
Proposta causou tumulto e discussões acaloradas entre vereadores da base aliada do prefeito e oposição
A vereadora Sabrina Garcêz (PMB) pediu, por meio de requerimento apresentado na sessão plenária de ontem na Câmara Municipal, a intervenção na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. O pedido foi feito ao governador Marconi Perillo, ao Procurador-Geral da Justiça, Benedito Torres, e ao presidente do Tribunal de Justiça, Gilberto Marques por meio de requerimento apresentado na sessão plenária da Câmara Municipal, ontem pela manhã. “A gestão da saúde pública em Goiânia precisa ser restabelecida. Que seja feita uma intervenção por tempo indeterminado até resolver o problema”, justificou a parlamentar.
A proposta de Sabrina causou tumulto e discussões acaloradas entre vereadores da base aliada do prefeito e oposição. “A forma da secretária Fátima Mrué administrar a saúde pública em Goiânia é um total desrespeito ao direito da pessoa humana, aliás, uma afronta à dignidade humana”, destacou.
Como forma de convencimento e justificativa ao pedido, a parlamentar utilizou a tribuna para exibir reportagens de telejornais locais abordando a situação “caótica” no atendimento dos postos de saúde da cidade. “Está faltando tudo, é preciso dar um basta nesse caos”, resumiu. “Essa dignidade, garantida por Lei não está sendo respeitada pela Prefeitura de Goiânia. A CEI da Saúde já mostrou os horrores que a população goianiense vem sofrendo com essa situação. O desrespeito ao cidadão e à vida está escancarado com centenas de pessoas morrendo em filas de Cais e hospitais. Só uma intervenção estadual para resolver esse caos”, concluiu.
O motorista Elidelmar Resplande estava ontem no Cais de Campinas tentando internação para a filha de 1 mês e 15 dias. A suspeita é de que a criança esteja com pneumonia. “Estamos desde às 21 horas de terça-feira aqui e até agora não conseguiram vaga para a minha filha. Estamos desesperados com ela passando mal”, contou, ao lado da esposa Santana Barros Machado. Até o fechamento desta edição, a criança não havia sido internada.