Vereadora surda de Bagé defenderá acessibilidade e inclusão em 2025

Ter um lugar em que nossa voz ecoe é imprescindível’, diz vereadora surda que assume cadeira em Bagé em 2025

Ana Paula Moreira teve 597 votos computados na eleição municipal, sendo a segunda suplente pelo Partido dos Trabalhadores. Acessibilidade e inclusão são as bandeiras da professora.

Em 2025, a professora Ana Paula Moreira, de 33 anos, iniciará um novo capítulo em sua trajetória ao assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores de Bagé. A servidora pública carrega consigo uma história marcada por uma luta de oportunidades, e agora quer transformar essa experiência em ações que tornem o município mais inclusivo.

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> “Ter um lugar em que nossa voz ecoe é imprescindível, não só para a comunidade surda, mas para todos os PCDs. É por isso que abracei o desafio de concorrer às eleições como vereadora e estou muito feliz de assumir uma cadeira em 2025”, enfatiza Ana Paula.

Segunda suplente pelo PT com 597 votos computados na eleição municipal deste ano, Ana Paula foi convocada após o vereador Marlon Monteiro ser nomeado secretário de Assistência Social e a vereadora Caren Castencio assumir a Secretaria de Educação.

Em outubro, Mainardi (PT) teve 51,71% dos votos válidos ante 38,93% de Roberta Mércio (PL).

Entusiasta da educação, a professora sempre acreditou no poder do conhecimento. Foi por meio dele que enfrentou algumas barreiras, como a falta de intérpretes em sala de aula e discriminações. Conforme relato, ela precisou se informar ainda mais ao longo da vida para ter os direitos respeitados.

De acordo com o PT de Bagé, Ana Paula é a primeira pessoa surda da história do partido a conquistar um lugar na Câmara.

Formada em Educação Física pela Urcamp, Ana Paula começou sua carreira no serviço público ainda jovem, aos 18 anos. Desde nova, a professora viu crescer em si a vontade de ser uma voz ativa na construção de um futuro mais justo.

> “A minha história mostra que as pessoas com deficiência podem chegar longe. O que falta, na maioria das vezes, é oportunidade”, afirma.

Foi esse desejo de ampliar oportunidades para pessoas com deficiência e suas famílias que a levou a concorrer nas eleições. Com uma campanha focada na inclusão e no diálogo com a comunidade, Ana Paula conquistou seu espaço no legislativo.

Na Câmara, a servidora pretende lutar pela acessibilidade e pelo cumprimento das leis que garantem direitos básicos a todos os cidadãos:

“Quero que as pessoas saibam que vou trabalhar por todos os bageenses, não somente pelos PCDs. Trabalharei para que se cumpram leis como a da acessibilidade, por exemplo, que é uma questão que afeta a todos”, reforçou.

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Santa Catarina lidera como estado com maior número de leitores no Brasil, revela pesquisa Retratos da Leitura.

SC tem maior número de leitores do Brasil, aponta pesquisa

No estado catarinense, 64% se declaram leitores. A média brasileira é de 47%,
conforme dados da 6ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.

Santa Catarina é o estado do Brasil com mais pessoas que se declaram leitoras,
segundo a 6ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada nesta
quarta-feira (18). No território catarinense, 64% se declaram leitores. A média
brasileira é de 47%.

A região Sul é a única das cinco do país onde ainda há uma maioria de leitores
na população: atualmente, 53% dos moradores desses três estados (SC, RS e PR)
leu total ou parcialmente pelo menos um livro nos últimos três meses.

Entretanto, a pesquisa revelou um alerta: o dado é cinco pontos percentuais
menor do que na edição anterior da pesquisa, quando a mesma região registrou 58%
de leitores.

No Brasil, veja o percentual de leitores por região e estado, conforme a amostra
coletada pela pesquisa (entenda como ela foi feita abaixo):

Os dados apontaram, ainda, que 53% dos entrevistados não leram nem mesmo parte
de uma obra nos três meses anteriores à pesquisa.

É a primeira vez na série histórica que o levantamento conclui que a maioria dos
brasileiros não leem livros.

Considerando a estimativa populacional brasileira, os dados apontam que o país
tem atualmente 93,4 milhões de leitores (considerando a população com 5 anos ou
mais). Nos últimos quatro anos, houve uma redução de 6,7 milhões de leitores no
país, de acordo com os dados.

Foram feitas 5.504 entrevistas com pessoas com idade mínima de 5 anos,
alfabetizadas ou não, em 208 municípios. A amostra permite a leitura para 21
estados e o Distrito Federal. A exceção são os estados de Rondônia, Acre, Roraima, Amapá e Tocantins, cujos resultados foram lidos de forma conjunta.

A pesquisa foi feita entre 30 de abril e 31 de julho deste ano. Foram realizadas
entrevistas domiciliares face a face por meio de tablets com um questionário de
147 perguntas. O levantamento considera tanto a leitura de livros impressos quanto digitais, além de não restringir qualquer gênero, incluindo didáticos, bíblia e religiosos.

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