Vereadores batem boca na Câmara de Goiânia pelo passaporte sanitário

Reunião da CCJ

O clima entre os vereadores Mauro Rubem (PT) e Gabriela Rodart (DC) esquentou na última terça-feira. Durante discussão sobre o passaporte sanitário, na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os vereadores se irritaram um com o outro. O petista é a favor da vacinação, uso de máscaras e do passaporte sanitário, já a conservadora, considera um atentado aos direitos constitucionais essa obrigatoriedade.

Durante a Comissão, o vereador Mauro Rubem propôs que o debate fosse ampliado e, neste momento, recebeu vaias de manifestantes que estavam presentes que o impediram de continuar a fala. Foi pedido, por outros vereadores que o presidente da CCJ, “colocasse moral” na reunião na tentativa de conter os gritos.

O vereador Mauro continuou seu posicionamento:

“Quem estiver aqui dentro tem que usar a máscara, amigo. Não dá para ficar abaixo do nariz. Tem que se proteger e proteger os outros, porque esse individualismo, esse narcisismo, disfarçado de liberdade, disfarçado de ir e vir, na verdade quer mesmo agir contra a vacinação”, afirmou o presidente da Comissão de Saúde e membro da CCJ.

Em meio aos gritos, Henrique Alves precisou intervir “caso não tenha respeito, nós vamos encerrar a sessão, não tem discussão. Vamos marcar outra de portas fechadas”, disse. Devido a aglomeração e a falta do uso de máscaras a sessão precisou ser suspensa. Nos corredores, iniciou uma discussão sobre vacinação e bate-boca entre os vereadores (vídeo).

Passaporte causa discussão no corredor

De acordo com a assessoria da vereadora Gabriela, a discussão entre os dois ficou acalorada porque o vereador Mauro Rubem gritou ao exigir que ela usasse a máscara também cobrindo o nariz, já que ela estava com o acessório apenas cobrindo a boca. No vídeo, é possível ver que ambos apontam o dedo um para a cara do outro, em meio a multidão.

Ao DE, o vereador Mauro diz “Quem se coloca contra o passaporte sanitário usa argumentos falaciosos dizendo que está violando direitos, mas a verdade é que essas pessoas não tem coragem de colocar, claramente, que são contra a vacina”. Ele ressalta ainda sobre a politica feita sobre a questão “O passaporte é o instrumento para desmascarar os oportunistas eleitoreiros e os ignorantes”, afirma.

Durante a CCJ, o grupo de pessoas que também eram contra a vacinação, estiveram presentes. Dentre as várias faixas e cartazes, dizeres como “Apartheid sanitário não”, “O passaporte sanitário é uma mentira” e “Pelo direito de ir e vir” fizeram parte das manifestações. Algumas pessoas estavam sem máscaras, então, o presidente da Comissão, vereador Henrique Alves (MDB) disse que quem estivesse sem, teria que se retirar.

 

Assista o momento da confusão:

 

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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