Vereadores de Congonhas recuam em proposta de equiparar salários – Nova decisão entra em vigor em 2025 com reajustes até 2028

Vereadores de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, decidiram recuar da proposta de equiparar o salário do futuro prefeito da cidade ao recebido pelo presidente e pelo vice-presidente da República. O projeto inicial previa um vencimento de R$ 43,9 mil, um valor extremamente próximo aos R$ 46,3 mil recebidos pelos ocupantes dos cargos mais altos do Executivo federal. No entanto, após a pressão e o veto do atual prefeito, o novo salário aprovado foi de R$ 36.483,16 para o prefeito, R$ 21.889,38 para o vice-prefeito e R$ 18.241,57 para os secretários.

Com a decisão unânime dos parlamentares, o novo texto agora segue para a sanção ou veto do atual mandatário e, se aprovado, entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, com reajustes anuais até o final da legislatura, em 2028. Apesar de ser um valor menor que o teto constitucional, o salário aprovado em Congonhas se destaca por ser superior aos vencimentos dos prefeitos das maiores cidades de Minas Gerais em 2024.

Congonhas, com uma população de aproximadamente 52.890 habitantes, ocupa a 66ª posição entre as maiores cidades do estado. O presidente da Câmara Municipal, Igor Souza Costa (PL), justificou a mudança no projeto original, destacando a importância de considerar a proporcionalidade e a legalidade da decisão. Ele ressaltou que a atualização salarial, de acordo com o INPC, era obrigatória por lei e que a nova proposta reflete um valor mais condizente com a realidade municipal.

A Prefeitura de Congonhas, por sua vez, afirmou que analisará o novo projeto de lei aprovado assim que for devidamente notificada. A reunião que resultou na revisão do salário do prefeito e demais cargos do Executivo municipal durou aproximadamente 25 minutos e teve participação ativa dos vereadores, que reconheceram a necessidade de adequar a proposta aos padrões legais e éticos exigidos. Além disso, a decisão conjunta demonstrou um comprometimento com a transparência e a responsabilidade na gestão pública.

Em resumo, a cidade de Congonhas passa por uma importante readequação salarial no âmbito do Executivo municipal, tendo em vista as pressões externas e a necessidade de observância às normas legais. Com a aprovação do novo projeto de lei, a expectativa é de que a remuneração dos cargos públicos acompanhe não apenas a realidade local, mas também os princípios da moralidade e eficiência na administração pública. O Diário do Estado continuará acompanhando os desdobramentos desse cenário e informando a população sobre as decisões tomadas em prol do desenvolvimento de Congonhas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Diário do Estado determina realocação de famílias em Itabira devido a barragem: Vale terá que arcar com custos

Diário do Estado terá que realocar famílias em imóveis sob risco de desabamento por causa de barragem em Itabira

Decisão judicial fixa prazo de dez dias para transferência provisória, com todos os custos a cargo da mineradora.

O Diário do Estado determinou que a Vale realoque, em até dez dias, as famílias que vivem em casas com risco de desabamento devido às obras no Sistema Pontal, em Itabira, na Região Central de Minas Gerais. Cabe recurso da decisão.

A sentença atende a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e determina que a mineradora arque integralmente com os custos da transferência das famílias.

Além disso, deve criar, em até cinco dias, um protocolo de atendimento indicando como o procedimento será feito e disponibilizá-lo publicamente para os afetados e nos autos do processo.

Ainda segundo a decisão, relatórios da Assessoria Técnica Independente (ATI) já identificaram pelo menos 13 casas com risco grave ou crítico. A Defesa Civil de Itabira apontou outras nove residências em situação de risco, somando casos de risco baixo, médio e alto.

A mineradora também terá que elaborar, em 30 dias, um plano para monitorar as casas vazias e evitar saques, mau uso ou problemas de saúde. Por fim, a Vale precisará fazer obras de segurança para evitar novos riscos no local.

As famílias podem pedir para sair das casas a qualquer momento, mas precisam ter o risco comprovado por um relatório técnico da Defesa Civil ou da ATI.

A decisão também garante que os moradores tenham o direito de escolher se querem voltar para as casas no futuro, caso elas sejam consideradas seguras, ou pedir outras formas de compensação.

O Diário do Estado entrou em contato com a Vale e aguarda retorno.

Sistema Pontal

O Sistema Pontal passa por obras de descaracterização de estruturas desde 2019. Estão em intervenção os diques 2, 3, 4, 5, Minervino, Cordão Nova Vista e Rio do Peixe, além da barragem Ipoema, que já teve o processo concluído.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp