Vereadores pedem afastamento de presidente da Câmara Municipal

A falta da indicação de um representante da Câmara Municipal ao julgamento do Tribunal de Justiça sobre o aumento do IPTU em Goiânia levou os vereadores Elias Vaz (PSB) e Jorge Kajuru (PRP) a pedir o afastamento do presidente da casa, Andrey Azeredo (PMDB).

“Sem representante da Câmara, só a Prefeitura foi ouvida, fazendo com que a Justiça mantivesse o aumento. Foi uma jogada porque o filho do presidente do Tribunal de Justiça tem cargo no primeiro escalão da prefeitura”, justifica Elias, referindo-se ao presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Gilberto Martins Marques Neto.

Andrey usou a tribuna e disse que respeitou a lei. Que não houve nenhum ato de desrespeito ou ilegalidade. “Estou indignado com alguns pares que querem fazer desta casa um palanque eleitoreiro.  A Câmara não foi citada”, defendeu-se. Dia 24 de janeiro, a Corte Especial do Tribunal de Justiça votou por manter a liminar que suspende aumento do IPTU apenas com base na inflação. Com isso, os imóveis avaliados em mais de R$ 200 mil na capital podem ter o imposto reajustado em até 15% além da inflação. A liminar suspende a Lei Municipal 10.105/17, que determina que o IPTU em Goiânia seja reajustado apenas de acordo com a inflação.

O projeto de lei é de autoria do vereador Elias Vaz, que em janeiro, após a decisão do TJGO, disse que iria continuar questionando a decisão, por haver um prejuízo muito grande aos goianienses.

O presidente da Câmara explicou que a presença de representantes da Câmara era facultativa e que todas as ações foram a acompanhadas em sua gestão, quando a Procuradoria foi notificada. “Nao queiram fazer desta casa tamborete pra interesse pessoal. O meu afastamento é juridicamente impossível. No dia da sessão no Tribunal de Justiça eu estava de férias com a minha família”, disse.

Patrícia Santana

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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