Vereadores pedem prisão de secretaria Fátima Mrué

Comissão também aprovou requerimento para busca e apreensão de documentos que foram solicitados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mas o órgão teria se negado a apresentar

Os vereadores integrantes da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde votaram e aprovaram, em reunião extraordinária na manhã de ontem, pedido de prisão preventiva contra a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué.

A comissão também aprovou requerimento para busca e apreensão de documentos que foram solicitados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mas o órgão teria se negado a apresentar. Os pedidos serão encaminhados ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) que pode ou não acatar as solicitações.

A atitude é em resposta à declaração do vereador Clécio Alves (MDB), presidente da CEI, que afirmou ter recebido ofícios da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), afirmando que a pasta não mais responderia aos questionamentos do colegiado. O Jornal Opção entrou em contato com a SMS, mas ainda não obteve resposta.

“O que a secretária está fazendo é criar dificuldades, obstruir as investigações da CEI. Não responder a solicitações de uma comissão de inquérito é obstrução de investigação. Isso está tipificado no código penal e cabe prisão preventiva. Para nós, isso está muito claro”, disse o vereador relator da CEI, Elias Vaz (PSB).

Quanto ao pedido de busca e apreensão de documentos, o parlamentar diz que a CEI teria autonomia para expedir mandado sem o intermédio do MP, mas o colegiado decidiu pelo trâmite via poder judiciário. “Caberia à própria CEI decidir pela busca e apreensão, mas achamos mais conveniente provocar o judiciário, até para termos maior respaldo nesse caso”, disse.

Segundo o vereador, não cabe o argumento de que as informações solicitadas não estariam relacionadas ao âmbito da investigação. “São informações claramente necessárias para as investigações e o não fornecimento desses documentos é absurdo. Uma clara tentativa de proteger irregularidades”, opinou.

Também foi aprovado o requerimento para convocação de Fátima Mrué para novo depoimento na próxima sexta-feira (13). Os vereadores querem explicações quanto ao caso dos aparelhos de raio-X em contrato com a Techcapital e a existência de equipamentos novos no almoxarifado da secretaria.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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