Vereadores são impedidos de vistoriar obra pública
O Hospital e Maternidade Oeste, no Conjunto Vera Cruz, deveria ter sido entregue em junho do ano passado
Os vereadores integrantes da Comissão Especial de Inquérito que investiga as obras paradas em Goiânia, foram impedidos de fiscalizar uma obra da prefeitura, em visita nesta segunda-feira (04). O Hospital e Maternidade Oeste, no Conjunto Vera Cruz, deveria ter sido entregue em junho do ano passado, mas até hoje, apenas cerca de 30% das obras foram concluídas. Desde o final do ano passado nenhum trabalho está sendo feito no local.
Nesta segunda-feira, quando a Comissão esteve na maternidade para conferir de perto a situação, encontrou portões trancados. A única pessoa que estava na construção era um vigilante, que alegou ter ordens da construtora para não deixar ninguém entrar. Os vereadores Alysson Lima (PRB), Eduardo Prado (PV), e Priscilla Tejota (PSD), membros da CEI, ficaram indignados com a situação. Lucas Kitão (PSL) e Léia Klébia (PSC) também estavam na visitação, como convidados
Segundo o vereador Alysson, a CEI vai tomar medidas judiciais para conseguir realizar a vistoria e os donos da Construtora Delta, responsável pela obra, serão intimados a depor diante da Comissão. Ele ressalta que essa dificuldade em conseguir informações a respeito das obras paradas da prefeitura não é novidade. Muitos documentos solicitados à prefeitura não foram disponibilizados ainda, e outros documentos, o vereador só conseguiu depois que foi buscar pessoalmente. A estimativa de obras paradas era de 40, mas segundo o vereador, na realidade passa de 100.
Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.