Vereadores se desentendem em votação sobre IPTU

Na manhã desta terça-feira (05), o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo (PMDB) provocou um desentendimento no local. O início da confusão se deve a um pedido de vistas do projeto que revoga o IPTU contínuo. O prefeito Iris Rezende (PMDB) é contra o projeto.

O vereador Elias Vaz (PSB) comentou sobre o ocorrido. “Houve um pedido de vista do vereador Oséias Varão (PSB). O pedido de vista foi rejeitado por um voto. Nós entendemos que ganhamos. E o presidente não quis colocar o projeto no painel. Mas depois ele teve humildade e voltou atrás”.

Para o parlamentar, este não é o momento de se aumentar impostos. “É uma insensatez aprovar aumento de tributos em um momento em que temos um índice de desemprego altíssimo e passamos por uma situação econômica frágil. Diante dessa situação na a razão para aumento de imposto. A prefeitura precisa melhorar a sua gestão”.

O vereador Oséias Varão disse que o projeto não vai beneficiar a população.“É uma questão de injustiça fiscal. O projeto do vereador Elias Vaz vai na verdade, em última instância, beneficiar os barões do setor imobiliário de Goiânia. E eu desafio que ele prove o contrário”.

Já o presidente da Câmara afirmou que a votação não precisava ser feita pelo painel. ”Regimentalmente não há obrigatoriedade que pedido de vistas seja votado em painel. A dúvida ocorreu não por falha, mas pela balburdia do plenário”

Andrey Azeredo ainda falou sobre a derrota do prefeito na votação. “O prefeito Iris Rezende respeita o parlamento como nós respeitamos o executivo. Cabe ao executivo montar e estruturar a sua base. Eu percebo que isso vem sendo feito”.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp