Veterinário alerta sobre a necessidade da saúde odontológica em cavalos

“O dente do cavalo cresce durante toda a sua vida, diferente dos humanos, o que leva a constante necessidade de tratamento de sua saúde bucal – que precisa ser feita pelo menos três vezes ao ano”

Assim como os seres humanos, os cavalos apresentam diversas anormalidades e patologias pouco conhecidas pela maior parte da sociedade. O médico veterinário Rodrigo Florentino, especialista em odontologia de cavalos e outros equinos, conversou com o Diário do Estado sobre os cuidados da saúde bucal desses animais.

A primeira preocupação que proprietários de cavalos, treinadores e outros ligados a esse meio devem ter é que, devido ao crescimento contínuo do dente durante a vida, esses animais acabam adquirindo várias irregularidades que atrapalham na mastigação e trituração ideal do alimento. Isso influencia na saliva e, eventualmente, na região do estômago, na qual acontece a disseminação de nutrientes, podendo levar ao desperdício de alimentos. “O dente do cavalo cresce durante toda a sua vida, diferente dos humanos, o que leva a constante necessidade de tratamento de sua saúde bucal – que precisa ser feita pelo menos três vezes ao ano”, explica o médico.

Os dentes desses animais sofrem muito desgaste dependendo da alimentação oferecida, segundo Florentino. “Cavalos são animais herbívoros e se alimentam basicamente de capim natural, amido (encontrado nos cereais) e açúcares (presente em todos os alimentos, principalmente no melaço e na erva fresca). É muito comum a substituição do verde por ração em grandes quantidades. A ração deve ser entendida como suplemento e não como alimentação principal desses animais”, ressalta.

Cavalos em regime de pastejo se alimentam com maiores quantidades de capim e, portanto, apresentam quantidades menores de anormalidades, diferente dos confinados, que precisam ir mais vezes ao veterinário.

Qualquer tipo de dor pode provocar ainda danos psicológicos nos equídeos. “Dores em musculatura podem desencadear diversos problemas de estresse. Em éguas prenhas, por exemplo, dores podem causar estresses que levam ao aborto”, detalha.

A disseminação de informações sobre esse assunto ainda é muito pouco conhecida, segundo o veterinário. A maioria das pessoas acredita que odontologia se resume apenas a ponta de dente e extração do dente de leite. “O tratamento odontológico é muito mais do que isso e envolve a mastigação, por exemplo. Esses aspectos levam a diferenciação no preço, qualidade de tratamento e de profissionais, que podem ser menos qualificados. A odontologia equina no Brasil ainda é disseminada erroneamente, comprometendo o desenvolvimento de bons profissionais e dos estudos”, explica Florentino.

O Brasil, em todas as áreas, ainda precisa melhorar muito o quesito da educação, de acordo com o veterinário. “Nossa população não gosta de ler e isso atrapalha muito no quesito de pesquisas científicas, impedindo a abertura da cabeça dos indivíduos para os mais variados assuntos”, finaliza.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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