Viaduto Iris Resende será inaugurado nesta quinta-feira, 9

Nesta quinta-feira, 9, a Prefeitura de Goiânia vai inaugurar o Viaduto Iris Rezende Machado, localizado no cruzamento das avenidas Goiás com Perimetral Norte. A celebração está prevista para acontecer às 16h. A estimativa é de que cerca de 150 mil veículos passem pelo local ao longo do mês. Além disso, os ônibus do BRT, vão trafegar no local em duas faixas exclusivas.

A estrutura começou a ser construída em setembro de 2020, durante a gestão de Iris Rezende. Ela integra o trecho II do BRT Norte-Sul, que faz a ligação entre os terminais Isidória e Recanto do Bosque.

Além disso, o viaduto conta com seis faixas em ambos os sentidos de trânsito: duas para ônibus do BRT e quatro para veículos em geral. A obra foi feita pelo Consórcio BRT Goiânia, sob gestão da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), ao custo de R$ 9,5 milhões.

Informações técnicas

A construção tem 326 metros de comprimento, dos quais 125 metros apenas do viaduto. É formada por 27 vigas de 33 metros, que pesam 195 toneladas cada, e nove vigas de 22,5 metros, com peso de 100 toneladas cada. Durante a obra, cerca de 100 funcionários trabalharam no local, que recebeu 947,27 m³ de concreto e 118 mil kg de aço.

A edificação tem altura máxima de 10,4 metros, largura de 20,8 metros, peso de 1,8 mil toneladas e conta, em seu complexo, com 25 bocas de lobo, 29 postes de energia, com 50 luminárias LED (mais claras e econômicas) e 920 metros de rede elétrica subterrânea.

Na parte inferior do viaduto, no nível da Avenida Perimetral, há calçadas acessíveis em todo o seu contorno, para auxiliar na passagem de pedestres.

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Restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos faz descoberta de cemitério de africanos escravizados

A restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá, culminou em uma importante descoberta arqueológica: um cemitério com mais de 200 anos. Durante as escavações para a implantação de um sistema de drenagem, os arqueólogos encontraram ossadas que, segundo especialistas, são possivelmente de africanos escravizados e negros libertos.

A obra, iniciada em abril deste ano, é realizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com um investimento de R$ 3,5 milhões. A conclusão está prevista para 2025. A descoberta das ossadas aconteceu em novembro, quando 35 ossadas foram exumadas sob o calçamento externo, e centenas de outros túmulos foram identificados.

Importância Histórica e Cultural

“É uma descoberta importantíssima para a história de Jaraguá e do estado de Goiás, pois nos permite resgatar a memória histórica de um período significativo para a formação cultural”, ressalta a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. Este achado reforça a importância da preservação do patrimônio material e imaterial, conectando-nos com as raízes de nossa história.

Além das ossadas, os trabalhos também revelaram, com a remoção do piso de madeira, 56 campas funerárias numeradas dentro da igreja. Segundo os arqueólogos, há cerca de 150 sepultamentos nas laterais, no fundo e no pátio frontal da igreja. “Tem um sepultamento atravessado embaixo da escada da igreja, então quer dizer que aquela escada não é tão antiga, não é a original da construção. Em alguns locais a gente encontrou sobreposição de esqueleto, ou seja, existia o uso contínuo dessas covas”, conta o arqueólogo Wagner Magalhães.

A equipe agora enfrenta o desafio de extrair o máximo de informações possíveis sobre os esqueletos, que estão em péssimas condições de preservação devido ao solo úmido do local. As ossadas retiradas serão estudadas em laboratório para obter informações sobre sexo e faixa etária. Posteriormente, será feito um levantamento histórico com base nos registros de batismo e morte.

“Foi um trabalho surpreendente não só porque é inédito, mas é uma coisa que está mexendo com a memória. Quem eram essas pessoas? Apesar de não ter a história completa, a gente tem uma ideia do que aconteceu ali”, ressalta a arqueóloga Elaine Alencastro.

Educação patrimonial

Após o trabalho de curadoria da equipe arqueológica, a Secult, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Goiás, vai oferecer uma ação de educação patrimonial na igreja. “Todas as nossas obras já possuem tapumes educativos que contam a história do edifício, mas, com essa descoberta, vamos montar uma estrutura na igreja para que todos possam conhecer mais sobre essa história que ficou escondida durante tantos anos”, adianta a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, Bruna Arruda.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída em 1776 pela irmandade de negros de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Nessa época, era comum a construção de igrejas específicas para a população negra. “Essa igreja foi dedicada aos pretos e foi construída por eles, e a população africana teve um papel importantíssimo até para a formação da cidade de Jaraguá. Então o que a gente tem aqui é um pouquinho da nossa história e traz também um pouco da história do início das minas de ouro, desses povos que trabalharam lá”, explica Wagner Magalhães.

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