Vice da câmara xinga ministro em cerimônia

O vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), xingou nesta quarta-feira (13) de “bosta” e “merda” o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), na cerimônia de assinatura da venda da folha de pagamento da Casa para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

Segundo o peemedebista, Imbassahy “tem o rei na barriga” e é o “pior ministro da articulação política que um governo podia ter”.

“Você é um bosta, é um merda”, gritou Ramalho em direção a Imbassahy, ministro responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional.

“Deve ter o rei na barriga”, completou o vice-presidente da Câmara, antes de ser interpelado pelo deputado Beto Mansur (PRB-SP), que tentou apaziguar os ânimos. Imbassahy não respondeu aos insultos do deputado do PMDB.

A assessoria de Imbassahy informou que o ministro tucano não vai se manifestar sobre o assunto.

O desentendimento ocorreu pouco antes do início da solenidade, realizada no salão verde da Câmara. O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), estava no local, mas disse não ter visto a confusão.

Fábio Ramalho explicou que os xingamentos ao ministro da Secretaria de Governo foram motivados por um episódio que havia ocorrido mais cedo no Planalto.

De acordo com o vice da Câmara, ele estava no palácio na manhã desta quarta e foi ignorado por Imbassahy ao encontrá-lo em um corredor.

“Eu estava no palácio e chamei ele [Imbassahy], mas ele passou com desprezo. Se ele não me atende bem no palácio, porque eu tenho que cumprimentar? Não tem isso. Falei com ele: ‘você é um péssimo ministro, é o pior ministro de articulação política que um governo podia ter’”, enfatizou.

Questionado sobre se é um problema o ministro responsável pela articulação política ter atritos com um dirigente da Câmara, Ramalho respondeu:

“Quem faz relação com o Congresso se chama Michel Temer. Se dependesse dele [Imbassahy], o Michel não votava nada aqui. Ele se acha o dono da verdade, se acha o alto clero. O alto clero aqui somos nós que votamos”, ironizou.

As informações são do G1

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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