Após explosão no Tatuapé, vice de Nunes oferece apoio às famílias desalojadas,
mas descarta ajuda para reconstrução de casas
Segundo o vice-prefeito, a intenção da administração municipal é dar um abrigo
provisório às famílias, até que elas consigam voltar para suas casas ou terem
outro lugar para se instalarem. Dano foi causado por um p
1 de 1 Vice-prefeito, Defesa Civil e secretário da Segurança Urbana durante
vistoria no terreno onde ficava a casa que explodiu no Tatuapé — Foto: Felipe
Souza/ TV Globo
Vice-prefeito, Defesa Civil e secretário da Segurança Urbana durante vistoria no
terreno onde ficava a casa que explodiu no Tatuapé — Foto: Felipe Souza/ TV
Globo
O vice-prefeito de São Paulo, conhecido como Mello Araújo (PL), participou de uma vistoria nesta
sexta-feira (14) no local da explosão de um depósito de fogos de artifício
clandestino, na Zona Leste de São Paulo.
➡️ Uma pessoa morreu, dez ficaram feridas, e ao menos 23 imóveis foram
interditados.
Na visita de pouco mais de 1 hora, o vice de Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a orientação do
prefeito de SP é não deixar ninguém desassistido. Mas ele se esquivou ao ser
questionado se haverá algum tipo de ajuda financeira ou linha de financiamento
com juros baixos para que as famílias possam ter suas casas reconstruídas após a
explosão.
“Por enquanto, 23 residências têm interdições, totais ou parciais. São 11
totais, 12 parciais. Está sendo revisto isso aí com a possibilidade de mudar
esse status. De repente, o que é parcial virá liberar, o outro virá total. Após
essa análise, a gente vai conversar com essas pessoas e a Prefeitura não vai
deixar ninguém na mão. Se a pessoa não tiver para onde ir, aonde ficar, pode ter
certeza que a prefeitura vai abraçar e vai acolher”, afirmou.
> “Reconstrução aí não é questão de prefeitura. Isso aí foi um acidente de um
> particular dentro de uma residência. Então, assim, a Prefeitura não tem
> responsabilidade sobre isso. Diferente se fosse num estabelecimento comercial,
> que a prefeitura não fiscalizou, não é o caso”, completou.
Segundo o vice-prefeito, a intenção da administração municipal é dar um abrigo
provisório às famílias, até que elas consigam voltar para suas casas ou terem
outro lugar para se instalarem.
“Criminalmente, se você for analisar, o responsável é quem causou esse efeito.
Então, a prefeitura não tem responsabilidade sobre isso. Mas, provisoriamente, a
prefeitura com certeza vai acolher quem precisa ser acolhido. (…) Se,
porventura, o prefeito entender de alguma coisa para mais, ele vai ser falado.
Eu tenho certeza que ele só vai se manifestar quando ele estiver exatamente
ciente do tamanho do estrago”, declarou Mello Araújo.
Uma das desabrigadas é a cozinheira Sandra Souza. Ela morava na rua Francisco
Bueno e também teve a casa interditada na via, por conta da explosão. Ela morava
na casa com o filho mais novo, o neto, a nora e mais dois cachorros e uma gata.
Sandra narrou ao Bom Dia SP, da TV Globo, que saiu de casa apenas com a roupa do
corpo e trabalhava em casa fabricando marmitas.
‘Estou sem chão. Não sei o que vou fazer’, diz moradora que teve casa
interditada por explosão
Ao conversar com o DE, ela narrou que a
prefeitura ofereceu um albergue para ela, mas que, por ora, essa possibilidade
está descartada.
> “Eles ofereceram um albergue, mas só pode levar uma mala. Como é que eu vou
> deixar as minhas coisas todas para trás, pros bandidos entrarem e saquearem
> tudo? Sem contar que no albergue a gente não pode levar os dois cachorrinhos.
> Não posso deixar eles pra trás”, afirmou.
“Se eles oferecessem um espaço para gente ficar com a família e nossas coisinhas
e cachorros por um tempo, seria melhor. Estou correndo atrás de um quarto aqui
na região para eu poder levar minha televisão que tá lá dentro, o videogame dos
meus netos e os meus cachorrinhos”, afirmou a cozinheira, que ainda procura pela
gata desaparecida.
Explosão em depósito clandestino de fogos de artifício causa destruição no
Tatuapé




