Vice-líder do DEM tem encontro com Temer e diz que atrito é “página virada”

O vice-líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), disse hoje (19) que o atrito entre o partido e o presidente Michel Temer é “página virada”. O deputado se encontrou pela manhã com Temer para tratar da relação do DEM com o governo.

A reunião no Palácio do Planalto ocorre um dia depois do jantar realizado na residência oficial do presidente da câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que contou com a presença de Michel Temer e ministros do governo. Segundo Pauderney Avelino, o jantar foi um “encontro entre amigos, uma conversa amena”.

Pauderney negou que o presidente tenha feito qualquer convite a parlamentares de partidos da oposição para integrar o PMDB, em reação a um movimento do DEM na busca por ampliação de sua bancada. Os dois partidos estariam tentando convencer parlamentares dissidentes do PSB a integrarem seus quadros na Câmara.

“Eu acho que, primeiro, foi uma falsa crise e, depois, nós entendemos que já é uma página virada esse episódio, uma vez que consta que o presidente não convidou parlamentares para ingressarem no partido dele e nem tentou dissuadir deputados a virem para o Democratas”, afirmou.

O vice-líder ressaltou, no entanto, que o DEM está aberto a receber qualquer parlamentar que esteja insatisfeito em outro partido. “Aqueles parlamentares que tiverem dificuldades nas suas siglas, nas suas legendas para exercerem livremente o seu desejo de reformar o país encontrarão abrigo no nosso partido, porque o nosso ideário contempla isso. E a convergência é muito importante de parlamentares que queiram vir para o partido, se quiserem vir, a porta está aberta”, declarou.

Questionado se a adesão do partido é em favor do presidente em relação ao processo da denúncia que tramita na Câmara dos Deputados, o deputado disse que o DEM tem interesse na agenda de reformas. “O partido está convencido de que neste momento o melhor para o país é buscar o entendimento e fazer com que estas reformas venham o mais rapidamente possível, porque não haverá espaço no Orçamento se não houver uma reforma da Previdência”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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