Vice-prefeito de Alvorada e mais 31 são indiciados por desvio de doações a atingidos pela enchente, diz Polícia Civil

Vice-prefeito de Alvorada e mais 31 são indiciados por suspeita de desvio de doações a atingidos pela enchente, diz Polícia Civil

Segundo delegado, eles são investigados por peculato (desvio cometido por servidores públicos) e associação criminosa, ambos agravados por contexto de calamidade pública. Parte dos donativos foi recuperada durante operação.

Operação recuperou parte de doações que teriam sido desviadas em Alvorada — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O vice-prefeito de Alvorada, Valter Slayfer (PSDB), foi indiciado pela Polícia Civil por suspeita de desvio de doações a atingidos pela enchente. Os crimes sob investigação são os de peculato (desvio cometido por servidores públicos) e associação criminosa, ambos agravados por contexto de calamidade pública.

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O inquérito foi concluído na quarta-feira (18). Ao todo, 32 pessoas foram indiciadas. Segundo o delegado Diego Traesel, há mais pessoas que trabalham no Executivo do município entre os suspeitos. Os demais nomes não foram divulgados.

> “Donativos eram negados, muitas vezes, para a população que buscava no ginásio. Por outro lado, eram entregues a pessoas não diretamente afetadas, ou pessoas próximas, burlando a destinação final desses itens”, explicou Traesel.

O DE entrou em contato com o vice-prefeito, mas não teve retorno até a mais recente atualização desta reportagem.

A Prefeitura de Alvorada afirmou que “o processo até o presente momento segue em segredo de justiça, e a administração municipal só irá se manifestar após solicitação judicial”.

Donativos recuperados pela Polícia Civil durante cumprimento de ordens judiciais em Cachoeirinha — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Em junho, a polícia cumpriu 20 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso. Parte dos donativos foi recuperada.

> “No dia do cumprimento dos mandados, foram apreendidas mais de dez toneladas de itens, mas, sem dúvida, a quantidade desviada deve ser muito maior”, pontuou.

O inquérito policial foi remetido ao Ministério Público (MP), que decide se acusa ou não os investigados na Justiça. Caso faça isso e o Judiciário aceite a denúncia, eles começam efetivamente a ser julgados pelo crime.

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