A defesa da suposta vidente Rosa Stanesco Nicolau entrou com um habeas corpus na Justiça do Rio de Janeiro, para que a prisão preventiva se torne domiciliar. A mulher é acusada por estelionato, cárcere privado, roubo, extorsão e associação criminosa contra Geneviève Rose Coll Boghici, de 82 anos.
Stanesco é suspeita de participar de um golpe milionário de valor superior a R$ 720 milhões, mas não agiu sozinha e sim, com a filha da idosa, Sabine Boghici.
O relator do habeas corpus é o desembargador da 4ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho. Ainda não há data definida para o julgamento.
Entenda o caso
Rosa Stanesco Nicolau se passava por vidente nas redes sociais, afirmando que tinha mais de 20 anos de experiência espiritual e já ter atendido mais de 180 mil pessoas. Sob essa justificativa, ela aplicou um golpe em Geneviève Rose Coll Boghici, no valor de R$ 725 milhões, que foram pagos com transferências bancárias, obras de arte e joias.
Para conseguir os bens, a “vidente” disse para Geneviève que Sabine iria morrer, mas que ela poderia se livrar caso a mãe fizesse um trabalho, o qual começou com transferências em dinheiro, cárcere privado e o roubo dos quadros famosos.
Os policiais foram até a residência de Stanesco no dia 10 de agosto de 2022, encontrando algumas obras de arte roubadas da idosa. Para as obras, a dupla justificou que precisavam ser rezadas e por isso as pegaram, segundo o delegado Gilberto Ribeiro, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti).
“A filha e a Rosa começaram a levar as obras de arte da casa alegando que o quadro estava com mau-olhado, alguma coisa negativa, que precisava ser rezado. Eles foram levando, a idosa vendo aquilo, mas não tinha como recusar, estava completamente subjugada naquele momento, foram levando e levaram 16 quadros”, explicou.
Ao chegarem na casa, a falsa vidente tentou fugir pela janela, mas não conseguiu.