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Vídeo: “A gente acaba agindo pelo instinto”, diz policial que salvou homem de incêndio em Goiânia

Última atualização 10/03/2022 | 17:49

Um homem foi resgatado pela Polícia Militar (PM) de um incêndio em um sobrado de kinets na tarde desta quarta-feira (9), no setor Crimeia Leste, em Goiânia.

O técnico em eletrônica, Deni Bandeira, de 54 anos, estava preso no segundo andar do imóvel no momento em que foi salvo pelo Cabo João Carlos Maia e o Segundo Sargento Augusto Cesar. João explicou em entrevista ao Diário do Estado, que a vítima estava gritando por socorro no momento em que chegou ao local.

“Um veículo começou a buzinar e parou a viatura para falar sobre o incêndio. A gente chegou no sobrado e tinha muita gente gritando e pedindo socorro. No primeiro momento orientamos a vítima a descer pela escada enrolado em um pano molhado enquanto chamávamos o seu nome, mas ele falou que não conseguiria porque estava fazendo muito calor, além da dificuldade de enxergar por conta da fumaça”, disse.

O militar diz que após a conversa que teve com a vítima, a fumaça tomou conta do sobrado, fazendo com que Reni ficasse desesperado. Neste momento, o cabo e o sargento precisaram ir ao encontro do técnico em eletrotécnica, enquanto o Corpo de Bombeiros não chegava.

“Ele não respondia mais a gente, de repente ficou mudo no meio da fumaça bem no vão da escada. Como ele corria risco de vida, a gente não teve escolha a não ser entrar lá e tentar salvá-lo. Quando entramos tinha muita fumaça e o fogo estava bem forte, principalmente ao lado da porte onde ele estava. Consegui identificar os pés dele no chão. Então o sargento o pegou pelo braço e começamos a puxar até conseguirmos tirá-lo do imóvel”, explicou.

Sem vítimas

O idoso foi resgatado sem ferimentos e recebeu os primeiros socorros assim que os bombeiros chegaram no local, devido à inalação de fumaça. O imóvel foi totalmente destruído pelas chamas, mas o prejuízo foi apenas material, não havendo feridos na ocorrência. Para o cabo, a sensação e de dever cumprido.

“Na hora é muito instintivo. Você vê uma pessoa ali prestes a perder a vida, tenta seguir os protocolos de segurança, mas a gente acaba agindo pelo instinto. Graças a Deus conseguimos resgatar ele sem ferimentos, acho que ele assim como a gente teve intoxicação por conta da fumaça. Porém, nada de grave aconteceu”, concluiu.