A abordagem ocorreu neste domingo, 30, no Jardim Planalto. Ao G1, Igor explicou que estava com a filha no colo e, ao ser abordado, entregou a menina para a esposa. O PM tomou o celular dele após ter negado tirar a bandeira do candidato. Ao se apresentar como advogado, o policial pediu a identidade profissional dele.
“Eu neguei, porque estava me manifestando de forma silenciosa, como manda a legislação eleitoral. O policial disse que iria me conduzir para a delegacia por supostamente estar cometendo crime eleitoral”, explicou.
Igor contou que começou a filmar o agente, momento em que um segundo PM o abordou. Ele também afirmou que alertou que a conduta poderia se enquadrar em abuso de autoridade, momento em que o policial devolveu meu celular.
Um representante da Justiça Eleitoral chegou em seguida e esclareceu que era permitido usar as vestimentas que ele estava usando.
“Na minha zona, tinham várias pessoas com camiseta do Bolsonaro, mas nenhuma foi abordada. Questionei o policial sobre isso e ele disse que não tinha visto ninguém assim”, narrou.
O advogado afirmou que irá registrar o caso na Polícia Civil. Até a última utilização desta reportagem a corporação não havia se pronunciado sobre o caso.
Veja o momento da abordagem:
Ver essa foto no Instagram
Uma publicação compartilhada por Diário do Estado (@jornal_diariodoestado)
Permitido por lei
Conforme divulgado pela Justiça Eleitoral, no dia de votação, o eleitor pode manifestar a convicção político-ideológica de forma individual e silenciosa. Como foi noticiado pelo Diário do Estado é permitido o uso de bandeiras, broches, dísticos, adesivos e camisetas.
No entanto, o TSE alerta que não é permitido promover aglomerações com pessoas uniformizadas ou portanto quaisquer insígnias que identifiquem um candidato ou candidata. É proibido entrar na cabine portando celular ou qualquer equipamento que possa comprometer o sigilo de voto.